"A tolerância deve ser zero" no que toca a casos de assédio, lembrou hoje a ministra, sublinhando que este não é um problema exclusivo do Ensino Superior.
Sobre a criação de uma comissão de inquérito independente que pudesse receber queixas, Elvira Fortunato lembrou que já existem duas comissões que tratam estes assuntos: A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIGE), e a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), dos ministérios de Ana Catarina Mendes e de Ana Mendes Godinho, respetivamente.
Por isso, as ministras decidiram "criar um grupo de trabalho entre os três ministérios" para desenvolver ações de pedagogia junto das instituições, até para combater eventuais casos em que as vítimas não percebem que estão a ser alvo de assédio, contou.
A medida está para muito em breve, disse Elvira Fortunato à margem do V Encontro Internacional de Reitores Universia, que está a decorrer em Valência e reúne cerca de 700 representantes do Ensino Superior de 14 países.
Há cerca de um ano, foram tornados públicos casos de assédio na Universidade de Lisboa, tendo a ministra apelado a que as instituições criassem canais de denuncia e desenhassem códigos de conduta para combater o fenómeno.
Já este ano, o assunto voltou a fazer manchetes com a denúncia de novos casos envolvendo dois investigadores do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.
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