O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, considerou que a morte de Aga Khan, esta terça-feira, "deixa um enorme vazio na cidade", onde o líder espiritual dos muçulmanos xiitas ismaelitas "encontrou uma casa", da qual "fez um palco para a sua visão que juntou culturas e cruzava fronteiras".
"A morte do Príncipe Aga Khan, imãn dos muçulmanos ismaelitas, deixa um enorme vazio em Lisboa. Foi graças à sua obra e visão que milhões de pessoas em todo o mundo escaparam à pobreza, tiveram acesso a cuidados de saúde e encontraram uma oportunidade para estudar", afirmou o autarca, em comunicado.
"Esta sua obra estendeu-se a Lisboa, onde o Príncipe Aga Khan encontrou uma casa, uma casa da qual fez um palco para a sua visão que juntou culturas e cruzava fronteiras - algo que se enquadra perfeitamente na natureza e na história da nossa cidade, feita desse cruzamento contínuo de culturas e de experiências", acrescenta a mesma nota.
Moedas frisa que, "hoje, o Príncipe Aga Khan deixa-nos. No entanto fica a sua obra e o seu sonho, que são um legado que Lisboa orgulhosamente manterá vivo".
De recordar que o líder espiritual dos muçulmanos xiitas ismaelitas, fundador e presidente da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN) morreu hoje em Lisboa, aos 88 anos.
Shah Karim Al-Hussaini, príncipe Aga Khan, 49.º imam hereditário dos muçulmanos ismaelitas, nasceu na Suíça, cresceu e estudou no Quénia e nos Estados Unidos da América, com ligações ao Canadá, Irão e França, e nos últimos anos também a Portugal.
Desde 2015, o Imamat Ismaili, entidade supranacional liderada pelo príncipe Aga Khan, passou a ter a sua sede mundial em Lisboa.
Leia Também: Rede Aga Khan exprime condolências à família e garante honrar legado