As duas estudantes que se confinaram, na terça-feira de manhã, na entrada da Faculdade de Psicologia de Lisboa estão há mais de 24 horas sem comer e declararam a entrada em greve de fome.
Após impedirem a entrada de pessoas e paralisarem as atividades da instituição de ensino durante o dia de ontem, Jade e Teresa, membros do movimento 'Fim ao Fóssil: Ocupa!', continuam a exigir à reitoria da Universidade de Lisboa que "apele à disrupção para parar a destruição", convocando toda a sociedade para o protesto que se vai realizar no Porto de Sines, no sábado, pela plataforma 'Parar o Gás'.
O núcleo de estudantes apoiantes da ação afirmaram, num e-mail enviado à reitoria, que "tanto as estudantes como os seus apoiantes" não têm "qualquer desejo de continuar com o protesto". Contudo, ressalvam que "a realidade climática assim o exige", no sentido de "salvaguardar o direito à vida e educação das estudantes, agora e no futuro".
De acordo com um comunicado do movimento 'Fim ao Fóssil: Ocupa!', a que o Notícias ao Minuto teve acesso, "as duas estudantes estão confinadas na entrada principal da FPUL [Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa] apenas com um garrafão de água, agasalhos e colchões para dormir".
Durante o dia de ontem, refere a mesma nota, "realizaram-se à porta da faculdade várias atividades de apoio como palestras sobre a ciência climática, gás fóssil, empregos para o clima e mobilidade justa, que contaram com dezenas de colegas estudantes, ativistas, professores e cientistas".
Recorde-se que um grupo de estudantes está a ocupar a Faculdade de Psicologia desde 26 de abril pelo "fim ao fóssil até 2030" e pela "eletricidade 100% renovável e acessível até 2025". Estes exigem que 1.500 pessoas se comprometam a participar na ação de resistência civil no terminal de gás fóssil do porto de Sines, a 13 de Maio.
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