O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para este ano foi apresentado em abril e contabilizava 34 meios aéreos para o período de 15 a 31 de maio, mas para os próximos 15 dias vão estar operacionais 32 aeronaves, segundo avançou à Lusa fonte do Ministério da Administração Interna.
A mesma fonte precisou que a falta de meios aéreos está relacionada com os concursos públicos internacionais, já que alguns lotes não se concretizaram por terem ultrapassado o preço base ou não serem considerados válidos.
Nas próximas duas semanas vão estar no terreno 10.400 operacionais, 1.653 dos quais em operações de vigilância, divididos por 2.303 equipas e 32 meios aéreos.
Os operacionais envolvidos no DECIR são elementos pertencentes aos bombeiros voluntários, Força Especial de Proteção Civil, militares da Guarda Nacional Republicana e elementos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, nomeadamente sapadores florestais e sapadores bombeiros florestais.
Em relação ao mesmo período do ano passado, estão envolvidos no DECIR mais 770 operacionais, mas menos cinco meios aéreos.
Os meios de combate a incêndios voltam a ser reforçados a 1 de junho, mas é entre julho e setembro, conhecida pela fase mais crítica, o período que mobiliza o maior dispositivo, estando este ano ao dispor 13.891 operacionais de 3.084 equipas e 2.990 viaturas, um aumento de 7,5% em relação a 2022.
O DECIR para este ano prevê ainda, para o período de 1 de junho a 30 de setembro, 72 meios aéreos, mais 12 do que em anos anteriores, mas este número não deverá concretizar-se porque estava dependente dos concursos públicos.
Em causa estão um concurso público para o aluguer de 33 helicópteros ligeiros para o período de 2023 a 2024 e um outro para a contratação de dois aviões anfíbios pesados para este ano e quatro para 2024.
Numa resposta enviada no início de maio à Lusa, a Força Aérea dava conta que os meios aéreos de combate a incêndios rurais para este ano ainda não estavam todos alugados, faltando três helicópteros ligeiros e dois anfíbios pesados, além de estar a ser analisada a contratação de outros onze helicópteros.
A Lusa pediu à Força Aérea informações sobre os meios aéreos disponíveis para os incêndios, mas não obteve qualquer resposta.
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