Número de bebés 'fora do matrimónio' aumentou 4 vezes desde 1990

Hoje é o Dia Internacional da Família, e há algumas informações sobre os agregados que estão a ser disponibilizados pelas bases de dados.

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Notícias ao Minuto
15/05/2023 09:59 ‧ 15/05/2023 por Notícias ao Minuto

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Dia da Família

Assinala-se esta segunda-feira, 15 de maio, o Dia Internacional da Família, e, neste âmbito, a base de dados Pordata decidiu assinalar a data com algumas informações.

"Os nascimentos de bebés de pais que não estão casados aumentaram 4 vezes desde 1990", começaram por referir os responsáveis, acrescentando que, nestes casos, "17% são de pais que não vivem juntos".

No site, os especialistas fazem ainda um balanço dos últimos 60 anos. Segundo as estatísticas, em 1960, 9% dos bebés eram filhos de pais que não eram casados. Esta percentagem tem vindo a aumentar, já que, em 1990, estabeleceu-se em 15%. Mas foi já neste século que os bebés 'fora do matrimónio' aumentaram, dado que, em 2022, essa percentagem subiu para 60%.

Destes 60%, a maior parte (43%) dos pais vivem juntos, enquanto os restantes (17%), não.

A Pordata deixa ainda uma nota sobre as progenitoras, por forma a mostrar também algumas diferenças. De acordo com os registos - que compararam os anos de 1995 e 2022 -, há agora em Portugal mais bebés de mães que trabalham, têm curso superior ou são estrangeiras.

Número de filhos

Já o mês passado, a mesma base de dados tinha mostrado alguns dados relativos às famílias, nomeadamente, o número de filhos, referindo que, o número de filhos por mulher em Portugal diminuiu para metade desde 1974, quando o Índice Sintético de Fecundidade era de 2,69 indivíduos.

"O baixo valor (1,35) coloca em risco a renovação de gerações - sendo necessário para a atingir, 2,1 filhos por mulher", escreveram os responsáveis numa publicação partilhada no Facebook na altura.

"Esta questão foi alertada recentemente pelo Fundo das Nações Unidas para a população, indicando Portugal como um dos países do mundo com este valor mais baixo", remataram ainda os especialistas no alerta deixado nas redes sociais.

A análise é feita a partir de um conjunto de dados disponíveis no site da Pordata, que contempla as informações desde 1960, altura em que o Índice Sintético de Fecundidade estava nos 3,20 indivíduos, valor mais alto registado no período em análise.

Outros dados

Também o Instituto Nacional de Estatística (INE) assinalou esta data, com algumas informações, começando por sublinhar que, de acordo com os Censos, existem cerca de 3,1 milhões de famílias. A mesma base refere ainda que:

  • A maioria das famílias tem filhos (64%);
  • As famílias unipessoais aumentaram na última década, representando 25%;
  • As famílias monoparentais de mãe com filhos (86%) é superior à de pai com filhos (14%).

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