O ministro do Ambiente e da Ação Climática reiterou, esta quarta-feira, desconhecer se é ou não considerado suspeito, pelo Ministério Público (MP), no caso 'Tutti Frutti', que envolve também o ministro das Finanças.
"Desconheço qualquer suspeita que me diga respeito", sublinhou, Duarte Cordeiro, em entrevista à CNN Portugal, a partir de Lisboa, acrescentando que vai "aguardar serenamente que o MP se pronuncie".
Durante as mesmas declarações, o governante socialista recordou que, "em 2017, não só o PS não celebrou nenhum entendimento com o seu adversário, como celebrou diversos acordos coligatórios com outros partidos e com movimentos de cidadãos".
"Quem escolhe os eleitos são os eleitores e nessas eleições não só o PS não perdeu nenhuma junta de freguesia que presidia como ganhou duas, uma delas ao PSD, resultado de um acordo que fez com um movimento de cidadãos", lembrou ainda.
Já sobre a Torre de Picoas, Duarte Cordeiro afiançou que não teve "qualquer responsabilidade ou envolvimento" no processo, e que este nem dizia respeito a nenhum dos seus pelouros.
"Não fui chamado nem ouvido pelo MP relativamente a nenhum destes temas", atirou ainda.
Novamente questionado sobre as "coincidências" da processo 'Tutti Frutti', foi perentório: "São totalmente falsas e fantasiosas quaisquer observações no sentido contrário do que confirmei".
Recorde-se que numa reportagem emitida na noite de terça-feira pela TVI, Duarte Cordeiro é apontado como mandatário numa troca de favores entre PS e PSD na preparação das listas para eleições autárquicas de 2017, de forma a garantir a manutenção de certas freguesias lisboetas. No caso são citados ainda o antigo presidente da Câmara de Lisboa Fernando Medina (atual ministro das Finanças) e o ex-deputado do PSD Sérgio Azevedo.
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