O Ministério da Saúde anunciou, esta segunda-feira, ter eleito o médico de Saúde Pública André Peralta Santos para ocupar o lugar de subdiretor-geral da Saúde, em regime de substituição.
O profissional de saúde, que substituirá Rui Portugal no cargo, "desempenha funções na Direção-Geral de Saúde (DGS) como coordenador do projetoPaRIS – Estudo Internacional sobre os Resultados e Experiências dos Utentes com os Serviços de Saúde", segundo adiantou a tutela, em comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
A mesma nota complementou que André Peralta Santos é médico especialista em Saúde Pública desde 2015 e assistente de Saúde Pública da carreira médica no Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Central, ARS Alentejo, desde 2016.
É, também, mestre em Medicina pela Universidade Nova de Lisboa, pós-graduado em investigação pela Harvard Business School, mestre em Saúde Pública pela Universidade Nova de Lisboa e doutorado em Saúde Global pela University of Washington, nos Estados Unidos, onde foi bolseiro Fulbright.
Além disso, o novo subdiretor-geral da Saúde é professor assistente convidado na Escola Nacional de Saúde Pública, "onde leciona nas áreas de Epidemiologia e Ciência de Dados, desenvolvendo investigação relacionada com os impactos de choques externos nos sistemas de saúde, em particular, as consequências de doenças infeciosas com potencial epidémico ou pandémico tanto nos sistemas de saúde como na saúde da população", acrescentou a missiva.
André Peralta Santos frequentou ainda o internato médico de Saúde Pública no Agrupamento de Centros de Saúde da Amadora, estagiou na Organização Mundial de Saúde (OMS) e na Comissão Europeia (DG-SANTE), e foi diretor de serviços em substituição de Informação e Análise na DGS.
De notar que o profissional de saúde tomará o cargo anteriormente ocupado por Rui Portugal, que apresentou a sua demissão no dia 31 de maio, sem apresentar qualquer tipo de justificação. O responsável, que foi nomeado para o cargo em agosto de 2020, tinha assumido as funções de diretor-geral da Saúde, chegando a assinar, a 10 de maio, a orientação sobre os cuidados de saúde durante o trabalho de parto, que mereceu forte contestação da Ordem dos Médicos.
Apesar de Graça Freitas ter anunciado em dezembro a intenção de não continuar no cargo, o Ministério da Saúde apenas enviou à Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) o pedido para abertura de concurso só no dia 2 de maio, segundo a agência Lusa.
A CReSAP abriu, esta segunda-feira, o concurso urgente para diretor-geral da saúde, que será encerrado a 20 de junho.
De acordo com a tutela, a decisão sobre quem vai substituir Graça Freitas à frente da DGS será tomada até meio do ano, tendo o organismo garantido ainda que não há qualquer descontinuidade de funções.
[Notícia atualizada às 20h08]
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