Em resposta enviada à Lusa, a ANEPC sublinha que se tratou de uma decisão "de caráter operacional", que foi tomada "pela necessidade de garantir uma base de operação na qual não seja comprometida a resposta imediata e permanente do helicóptero de ataque inicial, cujo sucesso depende em larga medida da rapidez de despacho e descolagem do meio aéreo".
"A atividade de paraquedismo [no aeródromo de Palmeira, em Braga] compromete o tempo de resposta do helicóptero de ataque inicial, uma vez que, desde o momento da largada até à aterragem do último paraquedista, não pode haver motores em marcha", acrescenta.
Aquele meio aéreo vai, assim, para Vila Nova de Famalicão, devendo a sua instalação ocorrer durante o mês de junho, para ficar disponível até 15 de outubro.
Na terça-feira, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Cávado criticou o "desvio" de um meio aéreo de Braga para Famalicão, considerando que é uma decisão errada que pode, designadamente, dificultar o combate a incêndios no Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Em declarações à Lusa, Ricardo Rio, que é também presidente da Câmara de Braga, sublinhou ainda que a decisão foi tomada "na véspera" da entrada em funcionamento do dispositivo local de prevenção e combate a incêndios, "que estava a contar com aquele meio aéreo".
"É uma decisão completamente contrária ao que tinha sido inicialmente anunciado, sendo ainda de realçar que não nos foi dado qualquer conhecimento prévio nem qualquer explicação para a alteração de planos", acrescentou.
Hoje, a ANEPC lembra que na sub-região do Cávado se mantém o helicóptero pesado do Centro de Meios Aéreos (CMA) de Braga e que a Norte há os dois helicópteros ligeiros do CMA de Arcos de Valdevez.
Acrescenta que a Este há o helicóptero ligeiro do CMA de Fafe e a Sul o helicóptero ligeiro do CMA de Famalicão.
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