Brasileiro agredido em Braga. "Chutou a minha cara e as minhas costelas"

Para recuperar dos ferimentos graves que sofreu, o engenheiro civil terá de ficar de baixa médica pelo menos por um período de três semanas.

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© Miguel Pereira/Global Imagens

Notícias ao Minuto
12/06/2023 21:14 ‧ 12/06/2023 por Notícias ao Minuto

País

Xenofobia

Um homem brasileiro foi agredido no sábado, dia 10 de junho, num café em Braga, depois do agressor ter questionado a sua nacionalidade.

A vítima, Saulo Jucá, é natural de Pernambuco, tem cidadania portuguesa e vive na cidade de Braga desde 2021, onde trabalha como engenheiro civil.

O homem revelou, em declarações ao G1, que estava a falar por videochamada com a namorada, quando observou um homem com evidentes sinais de embriaguez, o que fez com que entrasse no café.

"Notei um movimento estranho do outro lado da rua. Estava um homem visivelmente embriagado acompanhado da mãe, que não queria que ele bebesse. Entrei no café porque não achei uma 'vibe' boa", afirmou Saulo, citado pelo G1.

No momento em que se encontrava a falar com o proprietário do estabelecimento, foi abordado pelo indivíduo. "Ele notou pelo meu sotaque que eu era brasileiro”, contou a vítima, acrescentando que quando confirmou que se tratava de um brasileiro, começou a agredi-lo.

"Agrediu-me, chutou a minha cara e as minhas costelas", disse Saulo, revelando ainda que enquanto o homem lhe batia "a mãe dele dizia 'vais ser preso de novo'".

Saulo foi socorrido pelos meios de emergência médica e transportado para o hospital, onde permaneceu internado até à manhã de domingo.

A polícia também foi acionada para a ocorrência e o homem acabou por se dirigir a uma esquadra para fazer queixa contra o agressor.

"Vou colocar um advogado a cuidar do caso. Existem imagens das câmaras do local e o ataque foi filmado", declarou ao portal brasileiro, salientando que não é a primeira vez que é vítima de xenofobia em Portugal.

"A xenofobia é uma coisa que, para eles, é normal, mas para a gente não é. Já tinha presenciado comentários preconceituosos e racistas, mas nunca tinha sofrido xenofobia diretamente", terminou. 

Para recuperar dos ferimentos graves que sofreu, o engenheiro civil terá de ficar de baixa médica pelo menos por um período de três semanas.

Leia Também: Centenas de manifestantes em Lisboa contra o racismo e a xenofobia

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