Tráfico humano em Portugal. Quatro detidos e 243 imigrantes identificados

Megaoperação da Polícia Marítima está a decorrer na manhã desta quarta-feira e incide numa rede que se dedica à apanha ilegal de amêijoas.

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Notícias ao Minuto com Lusa
21/06/2023 08:50 ‧ 21/06/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Tráfico humano

A Investigação Criminal da Polícia Marítima está a realizar uma megaoperação de combate ao tráfico de seres humanos, na manhã desta segunda-feira, na zona do Samouco, em Alcochete, e no Montijo, avança a CNN.

Na mira da investigação está uma rede que se dedica à apanha ilegal de amêijoas e, por consequente, ao tráfico de seres humanos.

Só na manhã desta segunda-feira, as autoridades encontraram cerca de 200 imigrantes ilegais a viver num armazém do Montijo, "em condições desumanas". As vítimas são sobretudo de nacionalidade asiática.

Alguns dos detidos são portugueses

Além do Montijo e de Alcochete, a operação de combate ao tráfico humano estará a decorrer também noutros pontos do país. Até agora, foram detidas quatro pessoas e identificados 243 imigrantes

"Esta operação decorre no âmbito de mais de três dezenas de mandados de busca, detenção e apreensão, e as diligências irão desenrolar-se ao longo do dia", tendo já sido detidas quatro pessoas, informou a Autoridade Marítima Nacional (AMN) e, até ao momento, "o SEF identificou 243 imigrantes, tendo notificado nove cidadãos estrangeiros para comparência no SEF, a fim de esclarecer a sua situação em território nacional".

Há portugueses entre os detidos, mas também cidadãos de outras duas nacionalidades que ainda não foram apuradas.

Estão a decorrer cerca de 30 buscas, uma das quais à residência do principal suspeito, localizada no Montijo. Vários armazéns de Setúbal e Lisboa estão também a ser inspecionados pelas autoridades.

No terreno estão 150 elementos da Polícia Marítima, assim como meia centena do SEF, da Autoridade Tributária e da Unidade Especial de Polícia e do SIS.

[Notícia atualizada às 12h35]

Leia Também: Operação da ACT em Odemira. Trabalho ilegal está entre as preocupações

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