Se esta quarta-feira arrancou com aguaceiros, o cenário será diferente já a partir de amanhã, dia 22 de junho. Isto porque, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), uma onda de calor está prestes a chegar, com temperaturas máximas que ultrapassarão os 30º na generalidade do país.
“A partir de dia 22 de junho a imposição de uma crista anticiclónica entre o Golfo da Biscaia e o arquipélago da Madeira dará origem a uma circulação que trará em altitude uma massa de ar com origem no Norte de África, favorável a uma situação meteorológica de tempo quente, seco e estável”, recordou a entidade, em comunicado.
Prevê-se, assim, “uma subida generalizada dos valores da temperatura”, particularmente da máxima, com temperaturas acima de 30°C na generalidade do território, à exceção de alguns locais na faixa costeira ocidental, e valores entre os 35 e 40°C no interior, em especial na região Sul, onde deverão ser ultrapassados os 40°C.
Também a temperatura mínima deverá aumentar, sendo previstas “noites tropicais” em vários locais do Centro e Sul, “com destaque para a região do Sotavento Algarvio, onde as mínimas poderão mesmo ser próximas de 25°C”.
Nessa linha, o IPMA realçou que “estarão em vigor avisos de tempo quente válidos a partir de dia 23 de junho na região sul, dia em que as temperaturas máximas terão uma subida generalizada de 4 a 7°C”. Os avisos “deverão ser estendidos no tempo e no espaço, uma vez que a tendência aponta para uma nova subida de temperatura no dia 24, e para a persistência de valores elevados de temperatura nos dias seguintes em praticamente todo o continente”.
Face a esta “onda de calor”, a entidade “aconselha a seguir as orientações da Direção-Geral da Saúde para situações de tempo quente”, que poderá recordar aqui.
Por seu turno, o vento “soprará geralmente fraco a moderado, predominando do quadrante norte, soprando por vezes forte no litoral a partir da tarde devido ao reforço do efeito de brisa”.
O IPMA sublinhou ainda que estas condições, “associadas também a valores baixos da humidade relativa do ar, resultarão igualmente num aumento significativo do Perigo de Incêndio Rural (PIR), com diversos concelhos do interior Norte e Centro, bem como na região Sul, a serem classificados com valores de PIR máximo ou muito elevado, com implicações na restrição ao uso do fogo e das atividades permitidas em meio rural”.
Além disso, o céu pouco nublado ou limpo nesta época do ano, “muito próxima ao solstício de verão”, faz com que seja expectável que o índice de radiação ultravioleta atinja “valores muito elevados”.
O IPMA assegurou que continuará a acompanhar a situação.
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