Pediu ajuda para pagar tratamentos da mãe. Acabou por perder mãe e irmã
Ana Galo morreu subitamente em janeiro deste ano. Na segunda-feira, a mãe morreu depois de uma batalha contra dois cancros.
© GoFundMe
Depois da morte de Ana Galo em janeiro de 2023, na qual foram feitas várias críticas à resposta dos serviços de emergência, a família perdeu na segunda-feira a mãe, após uma batalha contra um cancro da mama e um tumor cerebral. O filho criou uma página de donativos para procurar pagar os custos do funeral e outras despesas que se tornaram ainda mais difíceis para a família.
No passado dia 25 de janeiro de 2023, Ana Gago, de 28 anos, sentiu-se tonta e acabou por morrer após cair das escadas, com a mãe a revelar que esperaram uma hora e meia para que chegasse uma ambulância.
Na altura, Ana Paula Galo, a mãe, acusou no Facebook os serviços de "matar a filha por nada fazerem". "Foram rudes, desumanos, desinteressados, frios pelo o que estava a acontecer", explicou.
Na página 'GoFundMe' onde foi criada a campanha, o filho, António Galo, explicou que os motivos para a morte da irmã estão "ainda por explicar, algum tipo de doença cardiovascular". António conta que a família sempre teve grandes dificuldades financeiras e que aquela foi uma "situação imensamente difícil" para todos, que ainda assim tentaram "prosseguir".
"Podíamos passar fome mas pelo menos tínhamo-nos uns aos outros e saúde, era o que nós os cinco acabávamos por pensar", disse.
Meses depois, explicou ainda António, a mãe foi diagnosticada com um novo cancro, desta vez cerebral, forçando-a a ser operada de emergência. A cirurgia correu bem, mas "apanhou uma bactéria que resultou numa meningite, que acabou por ser a causa da morte a 19 de junho".
"Encontro-me no presente dia sem as duas pessoas mais importantes que alguma vez passaram pela minha vida, as duas no mesmo ano", afirmou.
A página já existia, mas era inicialmente destinada a ajudar com os custos de tratamento da mãe, quando "ainda tentava arranjar esperança onde ela não havia". Agora, o filho pede ajuda para os "custos dos funerais, rendas, comida para o mês, e contas/dívidas por pagar". "Nós estamos mentalmente atacados com estas situações e, sem saber para onde nos virar com o acumular de problemas, acabei por vir parar aqui", esclareceu.
A meta definida para a campanha de donativos é de 10 mil euros, sendo que, até à data, a família angariou 2.550 euros em 91 doações.
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