Os exames realizados pelo Presidente da República deram boas indicações aos médicos no Hospital de Santa Cruz, em Oeiras, com o diretor clínico do hospital a afirmar que Marcelo está "na plena posse das suas capacidades" e está "igual à pessoa que conhecemos", depois de desmaiar esta quarta-feira em Almada. Já o médico da Presidência afastou quaisquer hipóteses de o Presidente reduzir a sua agenda: "Não há nada a fazer".
Aos jornalistas, o diretor clínico do Santa Cruz disse que Marcelo sofreu o equivalente a uma quebra de tensão, considerando a situação "benigna, explicada pela meteorologia que estamos a viver e a cerimónia em que estava envolvido".
Os exames realizados ao Presidente da República foram "normais para este tipo de circunstâncias, nada de extraordinário".
A equipa médica que está a acompanhar acrescentou que a alta ainda esta quarta-feira "ainda depende dos próximos exames que estamos à espera", que serão "exames de circunstância só para estarmos seguros de que se passa de uma situação banal". No entanto, "é possível" que Marcelo possa voltar a casa rapidamente.
"Está de bom humor, boa disposição, raciocínio super claro, igual à pessoa que conhecemos", vincou o diretor clínico.
Marcelo Rebelo de Sousa desmaiou pelas 15h45 após uma visita privada, sem comunicação social presente, ao laboratório lançado pela cientista Elvira Fortunato, que é agora ministra da Ciência e do Ensino Superior. Imagens divulgadas pela SIC Notícias demonstraram o Presidente da República a ser levado em braços por várias pessoas, antes de ser levado para o Hospital de Santa Cruz, em Oeiras.
Reduzir agenda? "Não há nada a fazer"
O desmaio do Presidente da República motivou rapidamente questões sobre a sua agenda preenchida e o seu ritmo incessante, com poucas horas de sono ao longo de várias décadas, muitas leituras e muitos eventos.
À porta do Hospital de Santa Cruz, o médico da Presidência, Daniel de Matos - que cumpre o cargo há várias décadas, tendo servido quatro Presidentes da República, também afastou claramente essa hipótese, pela recusa do próprio chefe de Estado.
"Não há nada a fazer, reconheço a minha incompetência em conseguir fardar a hiperatividade do Presidente. É assim, sempre foi assim e assim será", disse Daniel de Matos, que conhece Marcelo desde a sua infância. O médico ainda acrescentou que Marcelo poderá falar com os jornalistas ainda hoje.
O primeiro-ministro foi o primeiro a ser questionado sobre o assunto, e António Costa deitou por terras quaisquer hipóteses de Marcelo mudar a sua abordagem.
"É um conselho inútil. Há pessoas que ganham energia em movimento e o Presidente da República é certamente o caso", afirmou Costa.
[Notícia atualizada às 18h09]
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