O Presidente da República já teve alta hospitalar e já saiu do Hospital de Santa Cruz, após ter desmaiado durante uma cerimónia numa faculdade em Almada, garantindo que se sente "muito melhor" e que o incidente foi menos grave do que o desmaio em Braga, há cinco anos.
À saída do hospital, Marcelo Rebelo de Sousa relevou que vai levar um monitor Holter para casa, para controlar a tensão arterial até a quarta-feira.
Marcelo explicou aos jornalistas o que sentiu durante o episódio na Faculdade de Ciências e Tecnologia, na Costa da Caparica, revelando que sentiu os mesmos sintomas, apesar das temperaturas não estarem tão elevadas quanto o incidente em 2018.
"Não costumo almoçar, tomei o que tomo normalmente, a cerimónia deu-se bem, foi muito restrita, e antes da parte dois discursos tinham proposto um brinde com moscatel", começou por contar o Presidente, que diz ter recusado o brinde antes dos discursos, acabando por beber depois. Terá sido a mistura do copo, quente, com uma bebida nutricional, Fortimel, que provocou a indisposição, enquanto acompanhava a ministra da Ciência e da Tecnologia, Elvira Fortunato, na cerimónia na qual foi inaugurado um laboratório lançado pela mesma.
"Foi uma quebra de tensão repentina. Afastei-me do grupo, estava rodeado de muita gente. Foi muito curto", acrescentou Presidente.
Marcelo acrescentou que tem tensões arteriais normalmente baixas e admitiu que bebe pouca água, algo que teve impacto no seu estado de saúde no momento. "Recomendaram-me a beber mais água, bebo pouca, e não tomar bebidas que sejam muito energéticas", sublinhou.
Questionado sobre as chamadas com outras entidades, o chefe de Estado contou o que disse ao primeiro-ministro quando lhe ligou, a partir do hospital: "Dou-lhe uma tristeza, não é desta que eu morro", afirmou. António Costa já tinha dito, durante a tarde, que Marcelo estava "de bom humor" quando este lhe telefonou a explicar o sucedido.
Marcelo aproveitou a ocasião para elogiar ainda os bombeiros da Trafaria e a equipa médica no Hospital de Santa Cruz, considerando que a rápida intervenção é "uma prova da excelência do Serviço Nacional de Saúde".
[Notícia atualizada às 20h28]
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