Greve dos médicos na JMJ? "Estamos empenhados em que tudo corra bem"

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, destacou a contratação de novos médicos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e comprometeu-se a "prosseguir este esforço de contratação".

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Daniela Carrilho
13/07/2023 17:38 ‧ 13/07/2023 por Daniela Carrilho

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Saúde

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, anunciou esta quinta-feira que está focado "nas negociações" e na "formação de todo o plano de emergência" com a classe médica, após ser anunciada uma greve para os dias 1 e 2 de agosto, nos primeiros dias da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa.

"Os profissionais de saúde, os médicos, estão muito empenhados em que tudo corra bem. Portugal vai-se mostrar ao mundo e não tenho dúvida nenhuma que vamos todos fazer o esforço possível para que tudo corra bem de maneira a mostrar o país que nós somos", afirmou Pizarro, em declarações aos jornalistas, à margem da inauguração da Unidade de Saúde de Parceiros e Azoia, em Leiria.

Questionado sobre o funcionamento do Sistema Nacional de Saúde (SNS) e sobre a atração de novos profissionais de saúde, o ministro declarou que o Orçamento de Estado definido pela Assembleia da República para este ano é "o maior de sempre", com um aumento de "cerca de 1.100 milhões de euros em relação ao orçamento do ano anterior".

"Há um alargamento muito significativo da autonomia dos hospitais. Se me pergunta se eu estou inteiramente satisfeito? Não. Mas temos de prosseguir esse esforço de autonomia e, no próximo ano, melhorar a performance face a este ano, onde temos resultados muito melhores do que nos anos anteriores, mas temos que de facto melhorar", considerou, acrescentando que "na saúde é sempre preciso mais".

"Mais investimento... As necessidades das pessoas são maiores, as necessidades científicas e tecnológicas também são maiores. Mas a verdade é que o Estado português e os portugueses têm feito um grande esforço para valorizar o orçamento do SNS", salientou.

Questionado sobre a contratação de (novos) médicos, Pizarro ressalvou que "os resultados estão à vista" e que foi possível contratar "a grande maioria" dos médicos que estavam disponíveis. Além disso, o seu ministério comprometeu-se a "prosseguir este esforço de contratação".

Para fixar estes novos profissionais de saúde, o tutelar da pasta da Saúde destacou que é preciso "aumentar a formação de jovens especialistas de medicina geral e familiar" e "atrair novos profissionais conforme eles se vão formando".

"A 2 de janeiro deste ano, começaram a sua especialidade 507 jovens médicos [e] conseguimos atrair mais 90% dos que terminaram a sua formação no início deste ano", considerou ainda, focando que é preciso "criar melhores condições em exercício profissional", focando o anúncio da "transição das unidades de saúde familiar para um modelo de USF - modelo B" como sendo "muito importante", uma vez que os médicos terão "a sua remuneração associada ao desempenho".

"Isso aumenta a capacidade de atender pessoas, vai dar médico de família a mais portugueses e, ao mesmo tempo, aumenta a prestação de serviços em cada um dos centros de saúde, melhorando aquilo que é a necessidade das pessoas de terem melhores cuidados de saúde com proximidade", concluiu Pizarro.

Leia Também: 300 médicos cubanos? "Não está estabelecido número nem locais de origem"

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