"A decisão russa de interromper a exportação de cereais da Ucrânia através do Mar Negro é mais um atentado contra os interesses comuns da humanidade", escreveu esta terça-feira João Gomes Cravinho, numa publicação na rede social Twitter.
O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou, ainda, que "a instrumentalização da fome demonstra a desumanidade que norteia a política do Kremlin".
Recorde-se que o acordo de cereais do Mar Negro expirou às 00h00 desta segunda-feira (22h00 em Lisboa), após o final do prazo estabelecido durante a sua última renovação por dois meses em maio.
A decisão russa de interromper a exportação de cereais da Ucrânia através do Mar Negro é mais um atentado contra os interesses comuns da humanidade. A instrumentalização da fome, pois é disso que se trata, demonstra a desumanidade que norteia a política do Kremlin. https://t.co/xHdPVoA5AG
— João Cravinho (@JoaoCravinho) July 18, 2023
A suspensão do acordo por Moscovo mereceu comentários do secretário-geral da ONU, António Guterres, a alertar que centenas de milhões de pessoas vão pagar pela decisão da Rússia de romper com o acordo.
O Presidente da Turquia afirmou, por sua vez, acreditar que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, "quer manter" o acordo.
Reino Unido, França e Alemanha, entre outros aliados europeus, também condenaram a suspensão russa dos acordos do Mar Negro, tal como primeiro-ministro português, António Costa, que alertou que a suspensão do acordo de cereais por parte da Rússia é uma "muito má notícia" que pode levar a uma "crise alimentar à escala global".
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