"Cerca de 70% do perímetro do incêndio está já dominado, no entanto, ainda temos aqui longas horas de trabalho pela frente, no combate aos setores que ainda estão ativos e também em todo o trabalho de consolidação que tem de ser feito, para garantir que não há reativações", explicou o comandante do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa, Hugo Santos, num ponto da situação realizado pelas 23h45 de terça-feira.
Hugo Santos realçou que o vento continua a ser um fator de preocupação, referindo que continuam a ocorrer "rajadas fortes a velocidades entre os 70 e os 80 quilómetros por hora".
Nove bombeiros sofreram ferimentos leves nos combates às chamas, maioritariamente todos por "situações de exaustão", enquanto quatro civis foram assistidos "por inalação de fumos", adiantou a mesma fonte.
No local, 685 operacionais, apoiados por 190 viaturas, combatiam pelas 00h00 de hoje o incêndio florestal que deflagrou perto das 17h00 em Alcabideche, concelho de Cascais, distrito de Lisboa, de acordo com o 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
O incêndio florestal levou à retirada de perto de 90 pessoas "por precaução", incluindo dois grupos de escuteiros portugueses e espanhóis, adiantou à Lusa o presidente da Câmara de Cascais.
Carlos Carreiras (PSD) referiu, num ponto de situação realizado pelas 23h15 de terça-feira, que dez cidadãos foram retirados das suas casas para um pavilhão desportivo municipal.
Este equipamento também recebeu dois grupos de escuteiros, que totalizam 77 elementos, portugueses e espanhóis, que estavam no Parque Natural Sintra-Cascais, referiu ainda, acrescentando que a retirada de pessoas ocorreu "por precaução" e que estas "não estavam a correr nenhum risco evidente".
Hugo Santos detalhou que foram retirados moradores das localidades do Zambujeiro, Cabreiro ou Murches.
Foram ainda retirados cerca de 800 animais provenientes do canil municipal e da Associação São Francisco de Assis, que foram transferidos para outro pavilhão municipal, explicou Carlos Carreiras.
Por precaução, foram também cortadas algumas vias, "não por causa do fogo, mas por causa do fumo, e também para facilitar o acesso aos meios de proteção civil e segurança".
Fonte da GNR tinha já indicado à Lusa que a Autoestrada 5 (A5), que liga Cascais a Lisboa, foi cortada entre os nós de Alvide e Cascais, nos dois sentidos.
Pelas 19h30, o comandante do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa, Hugo Santos, tinha apontado que o combate será dificultado pelo vento e pela "necessidade constante de reposicionar meios".
Outra fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa indicou ainda que um bombeiro sofreu ferimentos ligeiros por inalação de fumos.
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