Durante estes dias, em que Lisboa recebe a visita do Papa Francisco, o "Centro Arco-Íris" vai ser um local de partilha, de discussão, de celebração e de reflexão, contou à agência Lusa uma das pessoas da organização, Ana Carvalho.
"O Centro Arco-íris vai procurar ser um lugar de celebração, de afetividade e de identidade humana, promovendo um local de encontro de portas abertas para todos", afirmou.
Ana Carvalho espera que passem pelo centro cerca de 200 jovens portugueses e estrangeiros.
Ao longo destes quatro dias, o "Centro Arco-Íris" estará aberto entre as 14:00 e as 20:00 com diferentes atividades, desde uma feira de grupos e comunidades LGBT católicas, exibição de um filme, construção de um mural de afetos, recolha de testemunho e lanches convívios.
Além disso, destaque para a realização de uma conversa com um padre jesuíta James Martin, figura ligada à pastoral de acolhimento das pessoas LGTB e autor de diversos livros sobre o tema, e da celebração de uma eucaristia.
Questionada sobre se tem a esperança que o Papa Francisco aborde a questão da orientação sexual durante a JMJ, Ana Carvalho acredita que sim, mesmo não sendo com "as letras todas".
"Se é com as letras todas ou não, não sei", referiu.
Na sua opinião, o Papa Francisco irá "sempre abordar todas as margens", referindo-se às pessoas mais fragilizadas.
Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa entre hoje e domingo para a JMJ, considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, e que contará com a presença do Papa Francisco.
As principais iniciativas da jornada decorrem no Parque Eduardo VII, na zona de Belém e no Parque Tejo, um recinto com cerca de 100 hectares a norte do Parque das Nações e em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
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