Incêndio em Odemira está "dominado". Área afetada é de 8.400 hectares

Comandante da Proteção Civil atualizou a informação da área afetada, que se chegou a estimar em 10 mil hectares.

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José Miguel Pires com Lusa
09/08/2023 11:50 ‧ 09/08/2023 por José Miguel Pires com Lusa

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Incêndios

A área afetada por incêndio que lavra em Odemira há 4 dias, é de 8.400 hectares, ao longo de um perímetro de 50 quilómetros. A informação foi avançada pelo comandante Victor Vaz Pinto, da Proteção Civil, numa atualização à estimativa dada anteriormente, que apontava para uma área queimada de 10 mil hectares

"Hoje, às 10h15, o incêndio foi dado como dominado. Tem meios em todo o perímetro, a pouca chama ativa é dentro do queimado. Estamos em condições de declarar o incêndio como dominado", disse o comandante, num 'briefing' realizado às 11h40 no posto de comando instalado em São Teotónio, em Odemira (distrito de Beja), onde deixou ainda um alerta: "Vamos ter muitas reativações ao longo do dia, até porque o vento mudou de quadrante."

Essa mudança "vai afetar sobretudo a frente sul", que toca os concelhos algarvios de Monchique e Aljezur (distrito de Faro), onde as chamas também já entraram.

Aos jornalistas, Victor Vaz Pinto disse ainda que "há uns pontos [do incêndio] que ainda merecem alguma atenção e preocupação ao longo dos próximos dias", pelo que o atual dispositivo no local se vai manter.

Estão a combater este incêndio 1.051 operacionais, apoiados por 320 veículos e 15 meios aéreos (5 aviões e 10 helicópteros), para além de 11 máquinas de rasto. Irão, no entanto, conforme a evolução do incêndio, desmobilizar gradualmente.

Entre ontem e hoje, foram assistidos mais 7 populares, 1 dos quais foi transferido para uma unidade hospitalar. No total, desde o início do incêndio, foram assistidas 43 pessoas, 9 das quais transportadas para unidades hospitalares.

Segundo a Proteção Civil, 1.459 pessoas foram afetadas por este incêndio, sendo também retirados preventivamente 124 animais.

No que toca a condicionamentos no trânsito, a Estrada Municipal mantém-se com alguns cortes e o Caminho Municipal 1.186 está cortado.

O comandante reconheceu que "foram afetadas algumas habitações", mas disse desconhecer "se são primeiras habitações, se são habitações de férias", remetendo dados mais concretos para o "levantamento que está a ser feito agora pelos serviços municipais e pela GNR", depois de a prioridade dos últimos dias se ter focado no combate ao fogo.

O presidente do município de Odemira, Hélder Guerreiro, deu depois conta de que uma unidade turística que ardeu quase na sua totalidade e uma residência de primeira habitação ficou destruída, ambas localizadas no Vale Juncal, em São Teotónio.

Classificando o incêndio como uma "tragédia", o autarca disse que estes são dois "casos inequívocos" de destruição de edificado, mas referiu haver outras perdas que é preciso identificar, nomeadamente em Vale de Água, onde não houve casas ardidas, mas em que o fogo destruiu alguns anexos.

Já em Aljezur, o presidente do município, José Gonçalves, indicou ter conhecimento de uma casa ardida, que será uma casa de férias, na zona da Boavista, em Odeceixe.

O comandante de Proteção Civil do Algarve afastou ainda a ideia de ter havido qualquer dificuldade com o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) durante os dias da operação, que começou no sábado, quando o fogo deflagrou em Baiona, na freguesia de São Teotónio.

"Foi-me dado a conhecer que alguns órgãos de comunicação terão noticiado que tivemos problemas de comunicação, nomeadamente do SIRESP, isso é falso, é mentira", observou Vaz Pinto, referindo que o dispositivo contou com "duas estações móveis, uma da GNR e outra da ANEPC [Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil]", e que a operação não ficou comprometida por questões de falta de comunicações.

As causas do incêndio estão ainda a ser investigadas.

[Notícia atualizada às 14h41]

Leia Também: Incêndio de Odemira em fase de resolução, segundo a Proteção Civil

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