O deputado do Chega Açores José Paulo Sousa, eleito pelo círculo de compensação, foi apanhado, segundo o Açoriano Oriental, numa operação STOP com 2,25 g/l de álcool no sangue, na madrugada de domingo, dia 2 de fevereiro, uma situação que configura crime
Entretanto, na sua página de Facebook, o parlamentar açoriano, que vive na ilha das Flores, assumiu o caso, garantindo estar "arrependido" por este "erro grave".
"Venho expressar, de forma clara e sincera, o meu profundo arrependimento pelo erro grave que cometi na madrugada de 2 de fevereiro. Fui intercetado numa operação de STOP pela Polícia de Segurança Pública e, ao perceber a seriedade do que estava a acontecer, a culpa e o arrependimento tomaram conta de mim", escreveu, acrescentando que tudo aconteceu depois de uma "noite de convívio com amigos e conhecidos".
"Tomei a decisão errada de conduzir de volta a casa. Reconheço agora que, naquele momento, não soube avaliar a gravidade da minha atitude e falhei ao não perceber o risco que coloquei a mim e aos outros utilizadores da via pública. Foi uma escolha irracional, da qual me envergonho", disse.
José Paulo Sousa garante que está "plenamente ciente de que não há desculpas" para o que fez, nem procura, através da declaração em questão, "justificações para o erro".
"Aceitarei as consequências do meu ato com a convicção de que mereço pagar pelo que fiz. Fui o mais cooperativo possível e segui todas as orientações dos senhores agentes que trataram do meu caso, era o mínimo que eu poderia fazer naquele momento de embaraço, assim como os Senhores Agentes foram sempre educados e me forneceram as informações de forma clara e cordial. Aos mesmos, o meu muito obrigado", realçou, acrescentando que espera que a situação "sirva como um alerta" não apenas para si, mas "para todos aqueles que puderem aprender com esta falha".
"Esta é uma oportunidade de aprendizagem que, embora dolorosa, me ensina ainda mais a importância de refletir sobre as minhas escolhas e as responsabilidades que advêm das mesmas", concluiu.
Contactado pelo Notícias ao Minuto, o deputado açoriano disse que não vai prestar mais declarações sobre o assunto. "Simplesmente não deveria ter acontecido e assumo que não deveria ter acontecido. Assumo toda a responsabilidade dos meus atos, posto isso, não há qualquer declaração que justifique", reiterou apenas.
Para já não se sabe se as consequências que o caso vai ter, quer a nível jurídico, quer a nível político.
Ao Açoriano Oriental fonte do Chega Açores revelou que o partido foi apanhado de surpresa pela situação e vai analisar o caso na reunião do grupo parlamentar, marcada para a próxima segunda-feira.
Recorde-se que esta situação acontece depois de o presidente do Chega, André Ventura, ter criticado fortemente um deputado do PSD que foi protagonista de um atropelamento e que acusou também uma taxa de alcoolemia superior à permitida por lei.
Já descobriram a que velocidade seguia o carro conduzido pelo Carlos Silva Santiago? pic.twitter.com/5b29ktkkep
— André Ventura Chega SLB Cigano 1143 SCP PAN Parody (@AndreVenturaSLB) November 21, 2024
A nível judicial, recorde-se que caso a infração envolva uma taxa igual ou superior a 0,8 g/l e inferior a 1,2 g/l, este período pode variar entre os 2 e os 24 meses sem conduzir. Em situação de crime, com um nível de álcool igual ou superior a 1,2 g/l, a carta de condução pode ser apreendida por um período entre os 3 meses e os 3 anos.
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