Um cidadão luxemburguês, que teve fugir do fogo que, na última semana, afetou o concelho de Odemira, deixou rasgados elogios ao trabalhos das autoridades e dos bombeiros portugueses, lembrando a intensidade do incêndio, que o obrigou a deixar a casa onde estava.
À RTL, Joe Koener, que está a passar alguns meses com a família em Portugal, explicou que alugou uma casa no Alentejo, junto à costa, e na fronteira com o Algarve. Contudo, devido à intensidade do fogo, o homem e a família tiveram de abandonar a habitação.
Joe explicou que aquilo que parecia um pequeno fogo se transformou em 48 horas num incêndio de grandes dimensões.
"Chamas de 30 metros ou mais altas, viam-se a apenas cinco quilómetros de distância. É quase como se houvesse um incêndio no jardim atrás da casa de alguém", disse.
"As chamas estavam tão perto que não podíamos correr o risco. Era como brincar com fogo", disse, explicando que a família decidiu abandonar a casa e lembrando que tudo à volta era "imprevisível" e que não tinha chovido na zona "nos últimos seis meses".
Nestes dias, Joe regressou ao Luxemburgo por motivos profissionais, mas a família continua em Portugal. A habitação onde estava ficou intacta, mas muitos amigos da família perderam bens devido ao fogo.
A RTL indica que o homem "não para de elogiar" as autoridades portuguesas, referindo que as medidas de combate aos incêndios foram imediatamente implementadas e que tudo parecia bem coordenado.
Joe disse mesmo que a organização foi muito melhor do que aquela que viu, no ano passado, num incêndio em França, onde a sua família também teve de deixar o local onde estava com urgência.
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