Em declarações à agência Lusa, o autarca de Vila Viçosa, Inácio Esperança, indicou que as peritagens no edifício após o fogo já terminaram e que agora estão a ser elaborados os projetos para a retirada dos escombros e para a nova cobertura.
"Apurámos um valor de 940 mil euros para repor aquilo que foi destruído" pelas chamas, adiantou, referindo que a autarquia espera conseguir o financiamento necessário através de fundos próprios, comunitários e de emergência e dos seguros.
Inácio Esperança realçou que o projeto de segurança para a retirada dos escombros que resultaram do incêndio está a cargo de técnicos contratados pelo município, prevendo que os trabalhos no terreno comecem no início de setembro.
Já a elaboração do projeto para a nova cobertura, assinalou o presidente da Câmara de Vila Viçosa, foi entregue à empresa projetista da obra que estava em curso no edifício, quando deflagrou o incêndio.
"A empresa não tinha feito a totalidade do projeto da cobertura porque não era necessário", pois, na altura, apenas "precisava de ser melhorada e de telhas substituídas" e, agora, "tem que se fazer um projeto todo, porque as madeiras arderam", disse.
Segundo o autarca, a reabertura do cineteatro, após obras de reabilitação, já não vai acontecer em dezembro, como estava previsto antes do incêndio, mas sim durante o próximo ano.
O incêndio que deflagrou, no dia 31 de julho, no Cineteatro Florbela Espanca destruiu a estrutura da cobertura, o teto falso e o sistema de AVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado).
A Polícia Judiciária está a investigar a origem do fogo, através da Unidade Local de Investigação Criminal (ULIC) de Évora, que conta com o apoio de peritos do Laboratório de Polícia Científica (LPC).
Inaugurado em 29 de julho de 1957, o equipamento, situado numa das principais artérias da localidade e que estava fechado há mais de 10 anos, é considerado pela autarquia como um "espaço de grande importância" para Vila Viçosa.
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