"A passagem inferior pedonal norte vem permitir a interligação entre o edifício do terminal e os serviços de comboios (regionais, intercidades, internacionais e suburbanos IP/CP) e de metro ligeiro, complementados pelos serviços de transporte urbano STCP, táxis, kiss & ride e, por fim, os espaços de estacionamento de automóveis e bicicletas", pode ler-se numa nota hoje publicada pela Câmara do Porto no seu 'site'.
Segundo a mesma nota, "a passagem é constituída por um átrio, acessos poente às linhas e ao metro, circulação principal e corredores de acesso às plataformas e zonas técnicas, apresentando um conteúdo programático 'simples e funcional do espaço público'".
A obra esteve a cargo da empresa municipal GO (Gestão e Obras) Porto, "e teve um investimento municipal de aproximadamente 940 mil euros", segundo a autarquia.
Inicialmente, a obra da passagem inferior, que se iniciou em dezembro de 2021, tinha a duração prevista de oito meses, mas acabou por durar 18 meses. Inaugurado em julho de 2022, o terminal intermodal serviu mais de cinco milhões de passageiros num ano.
Apesar de dar ligação à estação de comboio, nomeadamente através do Terminal Minho e Douro, a passagem inferior pedonal poderia dar acesso direto a mais linhas ferroviárias, mas os acessos às linhas 2/3, 4/5, 6/7 e 8/9, visíveis ao longo da passagem inferior, ficarão fechados.
Em março de 2022, a Infraestruturas de Portugal (IP) disse não ter previstas obras nas plataformas da estação ferroviária de Campanhã nem ligação à nova passagem inferior que a liga ao Terminal Intermodal.
Fonte da empresa pública que gere as infraestruturas ferroviárias disse então à Lusa que o acesso à passagem inferior norte seria "assegurado pela zona do Terminal Minho Douro, à semelhança do que já é efetuado".
À data, a Câmara do Porto também tinha referido que "a intervenção a nível de ligações verticais entre a passagem inferior pedonal norte e as plataformas ferroviárias referidas é da responsabilidade da IP Património".
Face à conclusão das obras da passagem inferior, a Lusa questionou tanto a IP como a Câmara do Porto e aguarda resposta.
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