Um dos suspeitos da morte do agente da PSP Fábio Guerra ficou esta terça-feira em prisão preventiva, avança a CNN Portugal. O tribunal considerou haver perigo de fuga do arguido, assim como continuação de atividade criminosa.
Clóvis Abreu, recorde-se, entregou-se às autoridades, no Campus de Justiça, em Lisboa, na terça-feira, 18 de setembro.
É o terceiro homem a estar implicado na morte de Fábio Guerra, depois dos dois principais intervenientes, Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko, terem sido condenados a 20 e 17 anos de prisão, respetivamente.
O suspeito surgiu acompanhado pelo advogado Aníbal Pinto, depois de mais de um ano e meio sem se apresentar às autoridades, tendo ficado à guarda da Polícia Judiciária.
Na semana passada, o advogado disse que aguardava resposta do Ministério Público para a entrega voluntária do seu cliente, afirmando que este "pediu há mais de um ano para ser ouvido e nunca teve resposta".
O advogado refutou qualquer envolvimento do seu cliente na morte do agente Fábio Guerra, ao invocar as imagens de videovigilância da área exterior da discoteca Mome que foram publicamente divulgadas por ocasião do julgamento dos ex-fuzileiros.
"Da visualização das imagens que foram tornadas exaustivamente públicas, Clóvis Abreu nunca atingiu o malogrado agente da PSP. Nunca esteve sequer perto dele. Não sei qual é o entendimento do Ministério Público. As imagens são públicas e não há dúvida nenhuma", referiu, continuando: "Se atribuem agressões que não estão nas imagens, devem estar equivocados. Estou a reportar-me às imagens e uma imagem vale mais do que mil palavras".
De recordar que, no final de março de 2022, Clóvis Abreu chegou a ser procurado também pelas autoridades espanholas, tendo a Polícia Nacional de Espanha emitido nas suas redes sociais um alerta com a fotografia do suspeito e apelando aos cidadãos que partilhassem qualquer informação que permitisse localizá-lo.
O agente da PSP Fábio Guerra, 26 anos, morreu em 21 de março de 2022, no Hospital de São José, em Lisboa, devido a "graves lesões cerebrais" sofridas na sequência das agressões de que foi alvo no exterior da discoteca Mome, em Alcântara, quando se encontrava fora de serviço.
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