AM de Lisboa lembra Papa como líder que "tocou coração da humanidade"

A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) lembrou esta terça-feira o Papa Francisco como um líder espiritual e político que "tocou o coração da humanidade", inclusive pela "incansável dedicação à paz e à justiça", manifestando profundo pesar pela sua morte.

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© Buda Mendes/Getty Images

Lusa
29/04/2025 20:03 ‧ há 3 horas por Lusa

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Papa Francisco

Em reunião plenária da AML, o voto de pesar foi lido pela presidente deste órgão deliberativo do município de Lisboa, Rosário Farmhouse (PS), enquanto no ecrã passavam fotografias do Papa Francisco, e foi aprovado por unanimidade, tendo sido realizado um minuto de silêncio em sua memória.

 

"É com profundo pesar que a cidade de Lisboa, representada na sua Assembleia Municipal, manifesta a sua tristeza pelo falecimento do Papa Francisco, um líder espiritual e político que tocou o coração da humanidade com a sua humildade, compaixão e incansável dedicação à paz e à justiça", afirmou Rosário Farmhouse.

No voto de pesar, a AML considerou que a morte do líder da Igreja Católica deixa "um vazio imenso no coração da Igreja e da humanidade", mas realçou o seu legado "de luz, de compaixão, de firmeza no essencial e de fé viva", e com "uma marca impressiva junto de todas as pessoas, crentes e não crentes".

"O Papa Francisco permanecerá como farol de fé e humanidade para as gerações futuras", expressou Rosário Farmhouse, referindo que o seu pontificado de 12 anos foi de preocupação com os desfavorecidos e de compromisso com o diálogo inter-religioso.

A AML reforçou que, além de defender que "a Igreja deveria ser mais aberta e acolhedora, recusando os modelos económicos ultraliberais e o capitalismo desenfreado", o líder da Igreja Católica apelou à responsabilidade perante a emergência climática.

"Francisco foi, para muitos, mais do que o líder da Igreja Católica: foi sinal visível da presença de Deus no meio dos homens. Um sinal de que a fé autêntica não se impõe, mas propõe; não se isola, mas envolve-se; não condena, mas acolhe e perdoa. Foi o Papa da ternura, da misericórdia e da esperança. Um homem que acreditava que a ternura podia mudar o mundo", lê-se voto de pesar.

Na leitura do documento, Rosário Farmhouse destacou as duas visitas do Papa Francisco a Portugal, pela primeira vez em 13 de maio de 2017, em Fátima, no centenário das aparições, e em agosto de 2023, em Lisboa, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Para a AML, a presença do Papa na JMJ de Lisboa "foi o momento mais marcante do seu pontificado para os fiéis portugueses".

"O Papa Francisco tocou o coração de milhões de portugueses, tendo visitado o Santuário de Fátima e a cidade de Lisboa, onde deu mote à sua proclamação de uma Igreja Católica, tolerante, onde 'Todos, Todos, Todos', podem ter lugar", declarou.

O Papa Francisco morreu em 21 de abril, aos 88 anos, após 12 anos de pontificado.

Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.

A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano.

O funeral foi realizado no sábado, com milhares de fiéis anónimos e mais de uma centena e meia de delegações oficiais estrangeiras, inclusive os chefes de Estado dos EUA, França, Itália, Brasil, Argentina e Portugal, assim como os reis de Espanha.

Após a cerimónia na praça de São Pedro, o caixão de Francisco foi trasladado para a basílica romana de Santa Maria Maior, onde o Papa declarou, no seu testamento, que queria ser sepultado.

Leia Também: Volta a Itália dedica a Papa Francisco etapa que atravessa Vaticano

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