Edifício da Caixa de Previdência vai servir para alojamento de professores

Um edifício da Caixa de Previdência do Ministério da Educação vai ser adaptado para alojamento de professores, em Lisboa, anunciou hoje o ministro, durante a visita a uma escola na Batalha, distrito de Leiria.

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Lusa
20/09/2023 19:31 ‧ 20/09/2023 por Lusa

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Ministério da Educação

"O Ministério da Educação tem uma Caixa de Previdência, que tem edifícios em Lisboa. Em conjunto com a administração da Caixa de Previdência já encontrámos um primeiro prédio que vai ser todo disponibilizado para residência de professores", disse João Costa.

Segundo o ministro, o prédio, situado na Rua do Forno de Tijolo, na freguesia dos Anjos, em Lisboa, "está praticamente pronto a ser ocupado", estando a tutela em fase de celebração do protocolo com a Caixa de Previdência.

João Costa afirmou ainda que continua a desenvolver um trabalho com o Ministério da Habitação para a atribuição de 29 apartamentos, número que admitiu ser "manifestamente pequeno".

As candidaturas a estes apartamentos foram abertas em agosto e a tutela está em fase de seleção. Sem conseguir precisar o número de interessados, o ministro confessou que o número é mais baixo do que aquele que esperava.

O governante socialista referiu ainda que o ministério está a trabalhar em mais medidas de apoio aos docentes deslocados. "Não vou dizer se é um apoio financeiro ou um apoio ao arrendamento. Estamos a estudar as melhores maneiras de conseguir garantir que os professores que estão deslocados nestas zonas [Lisboa e Algarve] conseguem ter arrendamento mais acessível ou condições para se fixarem", acrescentou.

Questionado sobre a falta de preenchimento de centenas de horas letivas, João Costa explicou que o Ministério da Educação resolve todas as semanas "mais de mil horários", sobretudo, devido a baixas médicas.

"A medida de recurso à contratação de escola tem permitido resolver muitos casos. Isto demonstra que esta nossa capacidade de substituição está a funcionar. São sobretudo substituições de professores", precisou.

O ministro disse ainda que está a ser feito um trabalho conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para a formação de mais professores e "vai entrar em negociações sindicais já nas próximas semanas", para criar "estágios remunerados para que os jovens que escolhem a formação de professores também possam ter este incentivo financeiro".

Na sua visita à escola-sede do Agrupamento da Batalha, João Costa destacou os projetos Clube de Ciência Viva, jornal da escola e Ubuntu.

"O Agrupamento de Escolas da Batalha é um pouco o retrato do que se passa nos nossos agrupamentos de escolas do país, onde temos 897 clubes de Ciência Viva e 717 mil alunos envolvidos em atividades de ciência experimental", destacou.

João Costa referiu ainda o Ubuntu, que "tem permitido que os alunos ultrapassem algumas barreiras em termos de autoestima, autoconfiança e de relação com os outros". "Temos indicadores que mostram melhores desempenhos académicos dos alunos por participarem nestes projetos que trabalham as competências sociais e emocionais", reforçou.

O ministro sublinhou ainda o ensino de alunos do secundário aos colegas do 1.º ciclo. "Os próprios alunos disseram-me que aprendem muito mais quando têm de ensinar. É uma nova forma de ser escola que está a acontecer por todo o país nas nossas escolas públicas e mostra que temos um sistema educativo com muita vida e muito vibrante."

Leia Também: JMJ. Chega questiona Governo sobre condições de alojamento de polícias

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