Professores entregam "proposta para a recuperação do tempo de serviço"

Um grupo de professores protestou esta tarde à porta do Centro Escolar de Marrazes, em Leiria, tendo entregado ao ministro da Educação, João Costa, uma proposta para a recuperação do tempo de serviço.

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© Divulgação FENPROF

Lusa
21/09/2023 19:43 ‧ 21/09/2023 por Lusa

País

Educação

"Vamos entregar hoje ao ministro da Educação uma proposta para a recuperação de tempo de serviço que foi entregue no Ministério no dia 01 de setembro, quer outros ofícios que lhe foram enviados já este ano escolar e que até hoje, apesar de serem assuntos importantes para os professores não mereceram qualquer resposta", afirmou o presidente da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, minutos antes da chegada de João Costa.

O dirigente sindical acrescentou que estavam a aguardar pelo ministro "para lhe dar os ofícios novamente".

"Respeito", "Governo escuta, professores estão em luta" ou "O tempo é para contar e não para roubar" foram algumas das frases proferidas alto e bom som por um grupo de docentes, que se concentrou à porta do futuro Centro Escolar de Marrazes, com Mário Nogueira a encabeçar o protesto.

À chegada ao local, João Costa dirigiu-se aos professores e ouviu Mário Nogueira a dizer-lhe que há "muitos problemas" para serem resolvidos, lembrando que ainda aguarda os esclarecimentos a um documento entregue no dia 01 de setembro.

Mário Nogueira voltou a entregar a pasta ao ministro da Educação, a quem disse ainda que os "professores têm direito ao seu tempo de serviço".

"Temos o simulador no nosso 'site' e os professores facilmente concluem que a diferença não é de seis anos e meio. As pessoas não têm dinheiro para a habitação, transportes, deslocações, combustíveis. Se resolverem esses problemas, talvez resolvam os problemas com as faltas de professores", referiu.

João Costa ouviu e lembrou algumas das medidas que têm sido tomadas, nomeadamente os "estágios remunerados" para os futuros professores. "Contamos com os vossos contributos", acrescentou.

Após a visita ao Centro Escolar de Marrazes, que depois de sete anos em obra, com vários recuos e avanços, deverá abrir portas no próximo ano letivo, João Costa elogiou o projeto educativo desenvolvido no concelho de Leiria, "em parceria com as escolas e muito rico, pois é muito multidirecional".

"Já não temos os municípios de betão. Temos os municípios da proximidade, da intervenção em todas as dimensões que são relevantes para a qualidade de vida da pessoa. Um dos dias mais felizes da minha vida enquanto governante foi em 2016, quando lançámos a iniciativa 'Voz dos alunos'", recordou o governante socialista.

Segundo o ministro, esta ação foi "um passo muito importante" para o início da "transformação do projeto curricular nacional", que passou a incluir os alunos.

João Costa assumiu o seu lado "chato" para com a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, pois também tem um lado "reivindicativo", "até porque quem está na educação reivindica".

"Há um ano nunca imaginámos que a lista das escolas [a intervir] chegasse às 451. Deve-se a uma grande tenacidade e determinação da ministra Ana Abrunhosa. Começámos com 17 escolas e em pouco tempo chegámos às 451, porque eu insistia e ela trabalhava. Este será um dos maiores centros escolares que o país vai ter.

Leia Também: Mais de 100 mil alunos sem aulas se arrancassem hoje, diz Fenprof

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