Interrogatório de Eduardo Cabrita será retomado em 18 de outubro
O interrogatório do ex-ministro Eduardo Cabrita no processo do atropelamento mortal na A6 vai ser retomado em 18 de outubro no edifício do Tribunal da Relação de Évora, revelaram hoje fontes judiciais.
© Global Imagens
País Eduardo Cabrita
As mesmas fontes indicaram à agência Lusa que a sessão tem início marcado para as 09h30.
Segundo as fontes judiciais, o interrogatório vai continuar no Tribunal da Relação de Évora e não no edifício do tribunal judicial da cidade alentejana, onde se iniciou, em junho, a inquirição.
A continuação do interrogatório estava inicialmente prevista para o dia 04 deste mês, mas foi adiada devido à greve dos funcionários judiciais.
Esta foi a segunda vez consecutiva que a continuação do interrogatório do antigo ministro da Administração Interna (MAI) foi adiada, depois de, em 29 de junho último, ter sido adiada para 04 de setembro.
Eduardo Cabrita começou a prestar declarações perante o juiz de instrução em 09 de junho, com o seu representante a dizer então aos jornalistas que o ex-ministro da Administração Interna "esclareceu tudo o que havia para esclarecer", embora tivesse admitido que poderia haver mais esclarecimentos a fazer aos outros advogados.
O interrogatório de Eduardo Cabrita acabou por ser suspenso nesse dia, quando a oficial de justiça que acompanhava os trabalhos começou a cumprir a greve dos funcionários judiciais.
Eduardo Cabrita e o seu então chefe de segurança, Nuno Dias, foram na altura interrogados como arguidos, à porta fechada, pelo juiz de instrução, no Tribunal de Évora, na instrução do processo do atropelamento mortal na A6.
Estas novas diligências foram marcadas pelo juiz de instrução depois de o Tribunal da Relação de Évora (TRE) ter dado provimento e provimento parcial, respetivamente, aos recursos da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) e da família.
A fase de instrução foi assim aberta para os três arguidos, ou seja, para o motorista do antigo ministro, Marco Pontes, o único acusado no processo, por homicídio por negligência, e cujo debate instrutório já foi realizado, e também para Eduardo Cabrita e Nuno Dias.
Esta é uma fase processual facultativa, que pode ser pedida por arguidos ou assistentes e que serve para verificar se os indícios são suficientemente fortes para levar os arguidos a julgamento.
No dia 18 de junho de 2021, Nuno Santos, funcionário de uma empresa que realizava trabalhos de manutenção na A6, foi atropelado mortalmente pelo automóvel em que seguia o então ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, no concelho de Évora.
Leia Também: Adiada sessão de 2.ª-feira no Tribunal de Évora para interrogar Cabrita
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com