Em comunicado, o SPP/PSP considera que as "esquadras do cidadão", anunciadas pelo ministro da Administração Interna na passada sexta-feira, vão "em sentido contrário daquilo que a PSP necessita".
"Face ao elevado número de esquadras existentes em Lisboa (muitas delas com distâncias reduzidas entre elas), sabendo que por norma estão abertas 24 horas, todos os dias da semana, esta medida irá agravar a falta de polícias disponíveis para atender as situações prioritárias, sem resolver o real problema", precisa o sindicato.
O SPP/PSP sublinha que "não apoia este tipo de medidas", colocando "sérias dúvidas acerca da eficácia", inclusivamente no que diz respeito à integridade física dos polícias e especificidade da função.
O Sindicato dos Profissionais da Polícia considera ainda que o ministro devia centrar-se na resolução dos graves problemas que afetam a Polícia de Segurança Pública e não neste "tipo de mediatismos".
Também a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) questionou no fim de semana como é que o Governo quer fazer "omeletes sem ovos" para operacionalizar as "esquadras do cidadão", tendo em conta a falta de efetivos na PSP.
José Luís Carneiro anunciou que o Governo pretende criar nas juntas de freguesia "esquadras do cidadão", que vão funcionar como locais de atendimento onde podem ser feitas participações de crimes como furtos.
O governante explicou que este novo conceito das "esquadras do cidadão" será realizado por acordo com as freguesias e o serviço de atendimento será prestado por polícias da PSP.
José Luís Carneiro indicou ainda que neste momento está em preparação a criação do primeiro projeto-piloto da "esquadra do cidadão" no município de Lisboa, mas escusou-se a avançar qual a freguesia em causa.
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