No despacho, hoje publicado na página da Procuradoria-Geral Distrital do Porto e datado de 18 de agosto, lê-se que o Ministério Público na Procuradoria da República da Comarca de Vila Real (Procuradoria do Juízo de competência genérica de Vila Pouca de Aguiar) "deduziu acusação contra um arguido imputando-lhe a prática, em concurso real, de um crime de homicídio qualificado e de um crime de detenção de arma proibida".
No texto lê-se que o MP considerou "suficientemente indiciado que, no dia 26 de fevereiro de 2023, pelas 17h30, numa freguesia do concelho de Vila Pouca de Aguiar, o arguido, após uma discussão com o seu irmão, com quem estava desavindo por questões relacionadas com terrenos e com gado, deslocou-se ao interior da sua residência e aí muniu-se de uma arma de fogo, tipo espingarda. Após, dirigiu-se novamente ao seu irmão, abeirou-se deste, encostou-lhe a arma ao corpo e efetuou um disparo que lhe causou lesões abdominais que determinaram a morte".
"Para além da referida arma o arguido guardava no interior da sua habitação 22 cartuchos de calibre 12, não possuindo qualquer licença de uso e porte de armas ou de detenção no domicílio nem de qualquer autorização de aquisição para o efeito", continua o comunicado.
A nota de imprensa termina com a indicação de que o arguido "continua a aguardar os ulteriores termos do processo sujeito à medida de coação de prisão preventiva".
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