"Alterações climáticas terão relevância crescente nos fluxos migratórios"
O primeiro-ministro António Costa refere que Portugal tem "prestado toda a sua solidariedade" a Itália, país em que "a pressão tem sido maior" no que diz respeito às migrações.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
País António Costa
O primeiro-ministro António Costa reiterou esta sexta-feira que "as migrações são uma questão central na União Europeia", motivo pelo qual se encontra em Malta para discutir as novas regras comunitárias para as migrações, após terem havido avanços para um novo pacto migratório comum.
"Estas reuniões têm duas dimensões, em que procuramos abordar temas que sejam mais específicos dos países do sul, porque estamos na primeira linha dos fluxos migratórios, como é a questão das migrações. E depois para um debate informal que permita trocas de impressões sobre temas gerais que estarão em debate nos próximos conselhos", começa por dizer António Costa, em declarações à RTP3, à margem da 10ª Cimeira dos Países do Sul da União Europeia, em Malta.
O primeiro-ministro destaca que "as migrações são uma questão central na União Europeia", referindo que Portugal tem "prestado toda a sua solidariedade" a Itália, país em que "a pressão tem sido maior" a este respeito.
Costa acrescenta ainda que "as alterações climáticas vão ter uma relevância crescente na geração de fluxos migratórios", motivo pelo qual temos de estar atentos a esta problemática.
De recordar que o primeiro-ministro, António Costa, vai discutir hoje com homólogos de oito outros países mediterrânicos e do sul da União Europeia (UE), em Malta, as novas regras comunitárias para as migrações, após avanços para um novo pacto migratório comum.
A Cimeira dos Países do Sul da União Europeia (MED9) - que, além de Portugal, inclui chefes de Governo e de Estado de Croácia, Chipre, França, Grécia, Malta, Itália, Eslovénia e Espanha - realiza-se hoje em La Valetta, capital maltesa, numa altura de pressão migratória e em que Roma insiste numa posição comum e coerente para gerir melhor as migrações.
Itália é, inclusive, um dos países que continua mais reticente no que toca ao Novo Pacto em matéria de Migração e Asilo da UE, depois de na quinta-feira a Alemanha ter recuado e dito que vai votar favoravelmente a proposta de compromisso sobre o regulamento de crise, a peça que falta aprovar para completar a reforma das regras comunitárias sobre as migrações.
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