O arguido, de 32 anos e que está acusado dos crimes de roubo agravado, furto qualificado e detenção de arma proibida, não compareceu à primeira sessão do julgamento, apesar de estar regularmente notificado, tendo sido determinado que o julgamento se realizasse na sua ausência.
Na primeira sessão, o coletivo de juízes ouviu os filhos da vítima, que morreu antes de o julgamento ter começado.
Uma filha da idosa, que vivia numa casa contígua à desta, disse que quando a mãe chegou à sua residência estava "toda pisada, toda negra, com um fio à volta do pescoço".
"Eu entrei em choque", afirmou a testemunha, com quem a idosa passou a residir após o assalto.
Já o filho da idosa relatou que a partir dessa data a mãe nunca mais entrou na sua casa com medo.
O crime ocorreu na madrugada de 30 de maio de 2017.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), consultada pela Lusa, o arguido entrou na residência da idosa através de um buraco que abriu no telhado e dirigiu-se ao quarto onde a ofendida estava a dormir, munido com um cabo elétrico.
De seguida, sentou-se em cima da ofendida, que estava deitada na cama, de modo a imobilizá-la, e enrolou o cabo elétrico à volta do pescoço dela, apertando-o até perder os sentidos.
De imediato, retirou um brinco com uma libra, ambos em ouro, que a ofendida usava numa das orelhas e percorreu as restantes divisões da casa à procura de objetos de valor, tendo retirado 10 euros de uma carteira e uma televisão, que levou consigo.
Nesse mesmo dia, o arguido apresentou-se numa loja de compra de ouro e prata onde vendeu o brinco por cerca de 50 euros.
Além deste caso, o arguido é ainda suspeito de, no mesmo ano, ter assaltado uma drogaria em Vagos, na noite de 21 para 22 de junho.
De acordo com a investigação, o assaltante entrou na drogaria através de um buraco que abriu na parede de uma casa devoluta contigua ao estabelecimento e levou consigo um carro de mão, diversos rolos de fio e cabo elétrico, vários rolos de tubo de cobre plastificado, várias ferramentas, um computador portátil, três telemóveis e 70 euros em moedas que se encontravam na caixa.
Na manhã desse dia, o arguido veio a ser intercetado pela GNR, numa rua de Vagos, a conduzir o carrinho de mão com algum do material roubado.
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