Após a confirmação de que Portugal fará parte da organização do Mundial de Futebol de 2030, a ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares mostrou-se regozijada com o anúncio, destacando o "momento histórico" para o país e deixando questões sobre os estádios disponíveis para mais tarde.
Aos jornalistas, na Assembleia da República, pouco depois da confirmação, Ana Catarina Mendes felicitou a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) pela candidatura, sublinhando o "trabalho conjunto com o Governo" e "a demonstração da capacidade de Portugal organizar grandes eventos", dando como exemplo a recente Jornada Mundial da Juventude.
"É um dia de celebração para os portugueses, para o futebol mas também para o desporto em Portugal", disse, acrescentando que este é "um momento histórico, de alegria de celebração e também do trabalho que temos em mãos".
A ministra foi questionada ainda sobre a capacidade de Portugal para acolher grandes jogos de futebol, visto ter apenas três estádios com uma lotação considerada suficiente para jogos do Mundial de Futebol - o Estádio da Luz e o Estádio de Alvalade, em Lisboa, e o Estádio do Dragão, no Porto. Mas Ana Catarina Mendes preferiu deixar essa questão para depois.
"Teremos tempo de falar sobre toda a organização, agora o que é relevante é o sucesso da candidatura, a escolha da FIFA, a demonstração desta unidade e desta diversidade de culturas, e na capacidade que o desporto tem de também ele fazer integração e coesão, seja ela social ou cultural, e trabalharemos para que a organização seja, mais uma vez, um orgulho para os portugueses. É nisso que estaremos também empenhados nos próximos tempos", reafirmou.
A ministra vincou ainda que o facto de o Mundial de 2030 se realizar em seis países diferentes - os três primeiros jogos serão na Argentina, no Paraguai e no Uruguai (este último por ter sido palco do primeiro mundial de sempre, em 1930), antes de vir para Portugal, Espanha e Marrocos - é uma "demonstração que o desporto é também ele a inclusão, a integração, a diversidade de culturas e tem um papel essencial".
"A decisão que a FIFA tomou e que nos deve orgulhar também nos dá a responsabilidade de uma boa organização, e também de demonstrarmos a boa organização de eventos internacionais. Para já, o que posso garantir é a continuação do empenho de Portugal para trabalhar com a FPF para que tenhamos uma belíssima participação neste campeonato mundial", reiterou Ana Catarina Mendes.
A candidatura portuguesa ao Mundial de 2030 passou por muitas fases, chegando até a incluir a Ucrânia, mas ficou fechada com Espanha e Marrocos, enquanto que Argentina, Paraguai e Uruguai vão receber os três primeiros jogos como celebração do centenário da competição.
Portugal, Espanha e Marrocos estão automaticamente apurados para este torneio, na condição de anfitriões.
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