"De acordo com as informações recolhidas até ao momento, não há portugueses diretamente afetados pelo ataque desta manhã em território israelita", avançou o ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), este sábado, em comunicado.
A tutela dá conta, no entanto, de 15 turistas "que se encontram no país, afastados da zona atingida" e que "contactaram o Gabinete de Emergência Consular para sinalizarem a sua presença no território".
"O MNE acompanha a situação em permanência, através da Embaixada de Portugal em Telavive, aconselhando todos os portugueses que se encontram em Israel a seguirem estritamente as instruções das autoridades locais, conforme pode ler-se no Portal das Comunidades", lê-se ainda na nota informativa enviada às redações.
Para efeitos de contacto, o MNE relembra o número do Gabinete de Emergência Consular +351 21 792 97 14 / +351 96 170 64 72.
"O Governo português já condenou firmemente os ataques ocorridos esta manhã", conclui a nota.
Recorde-se que o grupo islâmico Hamas lançou hoje de manhã um múltiplo ataque surpresa contra o território israelita e Israel, em retaliação, bombardeou pelo ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza no início da sua operação 'Espadas de Ferro'.
Pelo menos 40 pessoas morreram até ao início da tarde de hoje e quase 800 ficaram feridas desde o início da ofensiva do Hamas contra Israel, disseram os serviços de socorro israelitas e o Ministério da Saúde.
Não houve comentários oficiais sobre as vítimas em Gaza, mas os repórteres da AP testemunharam os funerais de 15 pessoas mortas e viram outros oito corpos chegarem a um hospital local, sem ter sido possível identificar se se tratavam de combatentes ou civis.
Um jornalista da France Presse (AFP) viu oito corpos no necrotério do hospital Al-Chifa, em Gaza, e outro presenciou o funeral de uma nona pessoa em Khan Younes, no sul da Faixa de Gaza.
Após os ataques, o primeiro-ministro israelita declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas e que vai vencer essa guerra.
As milícias de Gaza continuam a lançar foguetes e as sirenes de ataque aéreo não pararam de soar durante toda a manhã nas cidades do sul e centro de Israel, incluindo Telavive e Jerusalém.
Em Jerusalém, os civis deixaram as ruas desertas, muitos deles abrigaram-se em "bunkers", enquanto numerosas tropas patrulham e inspecionam minuciosamente as ruas, parques e estacionamentos de centros comerciais.
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