O ministro dos Negócios Estrangeiros fez saber, há momentos, que para além de uma luso-israelita morta no conflito entre Israel e o Hamas, há, ainda, quatro luso-israelitas desaparecidos.
João Gomes Cravinho, em declarações aos jornalistas no aeroporto de Figo Maduro, onde acabaram de chegar 152 portugueses oriundos de Israel, disse que Portugal não tem um "contacto formal com as autoridades israelitas" e que não sabe se estes quatro desaparecidos foram feitos reféns ou não.
"Não quero especular [se são reféns ou não]", disse o ministro, lembrando que está é "uma situação muito complicada".
Ainda sobre a confirmação da morte de uma luso-israelita, notícia avançada esta quarta-feira, Cravinho refere que as informações que dão como certa a morte desta jovem foram dadas às autoridades portuguesas através da sua família, a quem endereçou as suas condolências.
"Todos estão profundamente sentidos com as circunstâncias bárbaras do ataque do Hamas", disse.
Em relação aos 152 portugueses que aterraram em Lisboa, João Gomes Cravinho anunciou que são sobretudo turistas, que estariam de visita a Israel, quando o Hamas decidiu atacar Israel, no sábado. Serão cidadãos residentes em Portugal que, desta forma, regressam a casa, e que por esse motivo, não será necessário prestar-lhes qualquer tipo de apoio, em termos, por exemplo, de alojamento.
O ministro dos Negócios Estrangeiros fez saber que "há cerca de dois mil portugueses que estão nas nossas listas consulares mas esses, por enquanto, não manifestaram interesse em voltar a Portugal".
"Os que quiseram vir, vieram", afirmou o governante português, garantindo que continuará a acompanhar a situação e "se for caso disso, apoiaremos os restantes" a regressar, se quiserem.
O grupo islâmico Hamas lançou, no sábado, um ataque surpresa contra o território israelita, numa operação denominada 'Tempestade al-Aqsa', com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como 'Espadas de Ferro'. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
[Notícia atualizada às 11h17]
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