Negociações com médicos "retomadas na quinta-feira". FNAM mantém greve

O ministro da Saúde disse hoje que as negociações com os sindicatos dos médicos serão retomadas na quinta-feira, uma vez que a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) decidiu manter a greve na próxima semana.

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© Carlos Pimentel/Global Imagens

Lusa
12/10/2023 19:31 ‧ 12/10/2023 por Lusa

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"Respeitando uma decisão da FNAM de manter uma greve marcada para a próxima semana, a próxima reunião de negociação ficou agendada para quinta-feira", afirmou Manuel Pizarro, em declarações aos jornalistas no final da reunião negocial com os sindicatos representativos dos médicos.

A paralisação de dois dias, em 17 e 18 de outubro, já tinha sido convocada pela FNAM em setembro e, segundo o ministro da Saúde, a reunião de hoje não alterou as intenções da federação sindical.

"Pela parte do Ministério da Saúde, estávamos disponíveis para voltar à mesa de negociação para aprofundar este trabalho ainda mais cedo. Isso era melhor para o Serviço Nacional de Saúde e também para os médicos, mas temos que respeitar a vontade do sindicato de concretizar mais uma jornada de greve", salientou.

Questionado se a decisão da FNAM demonstra algum afastamento em relação a um acordo com a tutela, Manuel Pizarro disse que "a pergunta tem de ser feita a quem decide manter uma greve num cenário em que há progresso claro nas negociações e há uma enorme manifestação de abertura nas negociações".

O Ministério da Saúde voltou hoje à mesa de negociações com os sindicatos dos médicos, um mês depois da última ronda negocial que terminou sem acordo.

A proposta apresentada aos sindicatos, o Ministério prevê um novo modelo remuneratório e um suplemento de 500 euros mensais para os médicos que realizam serviço de urgência e a possibilidade de poderem optar pelas 35 horas semanais.

"Estamos a propor algo que teve como prioridade melhorar o acesso dos portugueses à saúde e requalificar o Serviço Nacional de Saúde. É uma proposta de enorme também na valorização da profissão médica", defendeu o ministro.

Leia Também: Ministério propõe suplemento de 500€/mês para médicos que fazem urgências

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