Marcelo recebido no Palácio Real e no Parlamento Federal da Bélgica
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi hoje recebido no Palácio Real, em Bruxelas, pelos reis dos belgas, Philippe e Mathilde, e no Parlamento Federal, no início da sua visita de Estado à Bélgica.
© Lusa
País Bruxelas
O programa da visita do chefe de Estado foi adaptado, por razões de segurança, na sequência do ataque a tiros de segunda-feira à noite na capital belga, onde o nível de alerta foi elevado para o grau máximo.
A cerimónia de boas-vindas que iria acontecer no exterior do Palácio Real e a deposição de uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido na Praça do Congresso não se realizaram, por serem na via pública.
Foi também cancelado o encontro bilateral com o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, que estava previsto para hoje à tarde.
O Presidente da República foi recebido pelos reis Philippe e Mathilde no interior do Palácio Real pelas 11:00 locais (10:00 em Lisboa), onde houve uma fotografia oficial, apresentação de delegações e assinatura do Livro de Ouro, na Sala do Império, pelo chefe de Estado português, perante a comunicação social, seguindo-se uma troca de presentes.
Cerca de uma hora depois, Marcelo Rebelo de Sousa reuniu-se no Parlamento Federal com as presidentes da Câmara dos Representantes da Bélgica, Eliane Tillieux, e do Senado, Stephanie D'Hose.
Acompanham-no nesta deslocação o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e deputados dos seis partidos com grupos parlamentares: Marta Temido, do PS, Gabriela Fonseca, do PSD, Rui Paulo Sousa, do Chega, Joana Cordeiro, da Iniciativa Liberal, Alfredo Maia, do PCP, e Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda.
Depois de um almoço no Palácio Real, o programa de hoje do Presidente da República inclui um encontro com o presidente da Câmara Municipal de Bruxelas, Philippe Close, e um banquete oferecido pelos reis, no Castelo Real de Laeken.
Na segunda-feira à noite, houve um ataque a tiros na capital belga que provocou a morte de duas pessoas, e que levou Marcelo Rebelo de Sousa a cancelar uma saída, a seguir ao jantar, e permanecer no hotel, por indicação das autoridades.
Entretanto, hoje de manhã, a polícia belga abateu um homem suspeito deste atentado.
Durante a sua visita de Estado à Bélgica, entre hoje e quinta-feira, o Presidente da República irá passar pelas três regiões do país: Bruxelas, Valónia e Flandres.
Em declarações aos jornalistas, na segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa disse encarar "com uma grande esperança e como prioritária" esta visita de três dias, que "corresponde à retribuição" da visita de Estado que os reis Philippe e Mathilde realizaram a Portugal em 2018.
De acordo com o Presidente da República, "obviamente, a Ucrânia, por um lado, e o que se passa no Médio Oriente, por outro", são temas na agenda dos seus encontros institucionais, assim como "as relações entre Europa e África, e a Europa e a América Latina".
No plano bilateral, o chefe de Estado realçou que "a Bélgica é hoje um país muito importante na economia portuguesa, nos últimos dez anos converteu-se num dois oito países mais importantes em termos comerciais para Portugal".
Em outubro de 2018, quando recebeu os reis da Bélgica em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se aos dois países como "aliados próximos" e "amigos", na União Europeia, nas Nações Unidas e na NATO, com um "papel comum" pela paz no plano global.
Antes, em março de 2017, o Presidente da República visitou as instituições europeias em Bruxelas, e nessa ocasião foi recebido pelos reis da Bélgica.
Jorge Sampaio foi o último Presidente português a realizar uma visita de Estado à Bélgica, também de três dias, em outubro de 2005.
A Bélgica é o 19.º país a receber uma visita de Estado de Marcelo Rebelo de Sousa, depois de Moçambique, Suíça, Cuba, Cabo Verde, Senegal, Croácia, Luxemburgo, México, São Tomé e Príncipe, Grécia, Egito, Espanha, Angola, China, Costa do Marfim, Itália, Índia e Irlanda.
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