A depressão Babet está a intensificar as condições meteorológicas. Esta tem sido uma terça-feira de muita chuva e de ventos muito fortes em todo o território nacional. O rápido agravamento das condições climatéricas em Portugal Continental podem estar relacionado com uma ciclogénese explosiva ou uma 'bomba meteorológica', esta última a expressão mais usada na gíria da meteorologia.
Segundo esclareceu o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) ao Notícias ao Minuto, uma 'bomba meteorológica' acontece quando "o valor da pressão atmosférica baixa em pouco tempo". Apesar de haver forte possibilidade de estarmos perante esta condição, o IPMA reconhece desconhecer se a depressão Babet obedece "aos critérios necessários" para ser associada a este fenómeno.
Quando uma 'bomba meteorológica' se verifica, podemos assistir à ocorrência de um outro fenómeno designado por 'rio atmosférico', que é "uma metáfora para uma zona de transporte de humidade". Ou seja, o "rio atmosférico" é "um corredor que transporta humidade".
O IMPA refere que, "apesar serem conceitos diferentes, estão ligados muitas vezes".
Sublinhe-se que o país enfrenta uma superfície frontal fria associada à depressão tropical Babet, com expetativa de melhoria ao final do dia. A partir de quarta-feira, conforme o Notícias ao Minuto já tinha noticiado, o mau tempo vai agravar-se novamente, associado a uma nova depressão (ainda sem nome), que também não vai atingir diretamente Portugal Continental, mas vai afetar as ondulações frontais.
De madrugada, registaram-se centenas de ocorrências relacionadas com o mau tempo, a maioria na Grande Lisboa e Península de Setúbal, que não causaram vítimas. As ocorrências estão relacionadas, sobretudo, com quedas de árvores, queda de estruturas, limpeza de vias e inundações.
A nível mais local: a Latada, cortejo dos estudantes da Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, foi adiada devido às condições meteorológicas adversas; vários espaços verdes da cidade de Viseu vão estar fechados temporariamente devido ao mau tempo, por haver risco de queda de ramos; no Algarve registou-se alagamento de algumas estradas, sendo a baixa de Faro a zona mais afetada.
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