Recebeu uma mensagem da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a dar conta de “chuva e vento forte na sua região nas próximas 36 horas”? Não é esquema. Isto porque, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a depressão Aline alcançou o território português esta quarta-feira, devendo intensificar-se na quinta-feira. Como deverá, então, agir?
Segundo o IPMA, a precipitação, que "deverá ser por vezes forte e ocasionalmente acompanhada de trovoada no litoral das regiões Norte e Centro, logo a partir da tarde do dia 18", deverá estender-se "ao restante território a partir da madrugada do dia 19 e aumentando de frequência e intensidade durante a tarde desse dia".
Prevê-se, assim, “que o vento sopre de sudoeste, tornando-se gradualmente forte nas regiões Centro e Sul a partir da manhã, com rajadas que poderão superar os 100 km/h, em especial no litoral a sul do Cabo Mondego e incluindo a costa sul do Algarve, e nas serras destas regiões, rodando para noroeste a partir do fim da tarde e enfraquecendo gradualmente”.
Perante estas previsões, a ANEPC aconselhou os cidadãos a evitarem deslocações desnecessárias, tendo, também, enviado “um SMS preventivo a toda a população, no sentido de alertar e para relembrar e evidenciar os cuidados que devem ser tidos neste momento”.
“Deslocações, naturalmente, aquelas que forem possíveis de evitar deverão ser evitadas, amanhã essencialmente. Questões relacionadas com aspetos laborais devem ser vistos com as respetivas entidades patronais caso a caso”, disse o 2.º Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, Miguel Cruz, em conferência de imprensa, esta quarta-feira.
Além disso, o responsável pediu "especial cuidado na circulação rodoviária", alertando para que se evite "atravessar zonas inundadas" e para que a população tenha "cuidado" com os lençóis de água nas vias por acumulação de água. Devido ao vendo intenso, "todas as atividades" junto à orla marítima devem ser evitadas.
Na mesma linha, a Marinha Portuguesa e a Autoridade Marítima Nacional (AMN) alertaram, esta quarta-feira, para o agravamento do estado da agitação marítima em Portugal continental a partir de amanhã e até às 12h00 de sexta-feira.
Tendo em conta o “agravamento considerável das condições meteorológicas e de agitação marítima na costa ocidental”, que será caracterizada por “uma ondulação proveniente do quadrante Noroeste, com uma altura significativa que poderá atingir os seis metros e uma altura máxima de 11 metros, com um período médio a variar entre os 10 e os 12 segundos”, as entidades apelaram ao reforço da amarração e à “vigilância apertada das embarcações atracadas e fundeadas”.
“Evitar passeios junto ao mar ou em zonas expostas à agitação marítima, de que são exemplo os molhes de proteção dos portos, arribas ou praias, evitando ser surpreendido por uma onda” e “não praticar a atividade da pesca lúdica, em especial junto às falésias e zonas de arriba frequentemente atingidas pela rebentação das ondas, tendo sempre presente que nestas condições o mar pode facilmente alcançar zonas aparentemente seguras”, são outros dos conselhos daqueles organismos.
De notar que a Câmara Municipal de Lisboa anunciou, também esta quarta-feira, ter reforçado "medidas de coordenação tendo em conta os vários avisos para os riscos de mau tempo", recomendando que a população "adote comportamentos preventivos, minimizando a circulação na via pública e não se colocando em risco, ajudando desta forma as forças de socorro e segurança".
Saliente-se que vários distritos de Portugal continental já estão sob aviso amarelo e laranja devido à chuva e ao vento. Na quinta-feira, os 18 distritos do continente estarão sob aviso laranja.
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