O ministro das Finanças, Fernando Medina, foi atingido com tinta verde numa ação de protesto pelo clima, esta sexta-feira, enquanto apresentava pormenores sobre o Orçamento do Estado de 2024, numa aula aberta na Faculdade de Direito de Lisboa. Pelo menos cinco jovens foram contidos e retirados pela Polícia de Segurança Pública (PSP).
"Sem futuro não há paz", disseram os jovens ativistas, que atingiram o tutelar da pasta das Finanças no início da sua intervenção.
Os jovens foram retirados pelas autoridades, enquanto o responsável prosseguia o seu discurso, mesmo com a camisa e casaco manchados. Limpou, contudo, a face, antes de retomar.
"Pelo menos tenho uma apoiante do aumento do IUC", ironizou Fernando Medina, em reação, de acordo com a CNN Portugal.
Estava ainda a decorrer um protesto pelo clima no exterior do auditório, segundo adiantou a SIC Notícias. O mesmo meio noticiou que o incidente foi reivindicado pelo movimento Greve Climática Estudantil. O Notícias ao Minuto está a tentar confirmar estas informações.
No final da aula aberta, e visivelmente manchado de verde, Medina escusou-se a comentar o sucedido, tendo apenas salientado que "hoje é o dia da universidade". "Vou ter muitas oportunidades para falar com os senhores jornalistas sobre o IUC e sobre todas as matérias", disse, atirando ter gostado "muito do debate".
Poderá assistir ao momento na galeria acima.
Amanhã, no âmbito da iniciativa “Finanças@Universidades”, o ministro das Finanças vai estar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa para uma conversa com os alunos de Direito Económico, Financeiro e Fiscal sobre o Orçamento do Estado para 2024. #finanças pic.twitter.com/rRldWOAGyc
— Finanças (@pt_financas) October 19, 2023
De notar que o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, foi também 'atacado' com tinta verde por três ativistas durante uma conferência sobre transição energética em que participavam as empresas Galp e EDP, a 26 de setembro.
Na altura, as ativistas também clamaram que "sem futuro não há paz".
Cordeiro brincou com a situação, tendo exclamado que "pelo menos na cor acertaram", uma vez que "apreciava" a cor verde. O responsável disse compreender aquela que é "uma geração que quer fazer ouvir a sua voz, que quer que o Governo acelere aquilo que são as suas metas e quer procurar responder de forma mais objetiva".
"Não me queixo de manifestantes, queixo-me de determinadas formas de manifestação, que são intolerantes e têm como objetivo calar os outros. Quem faz isso contribui para que esta causa perca apoio social, faz com que haja menos pessoas a apoiar a causa", complementou.
[Notícia atualizada às 18h26]
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