O ministro da Administração Interna considerou este sábado que a decisão do Sistema de Segurança Interna (SIS) em elevar o nível de ameaça terrorista no país é apenas "preventiva", dando conta que não houve qualquer ocorrência em concreto que motivasse o alerta.
Aos jornalistas, em Santa Marinha do Zêzere, José Luís Carneiro afirmou que a decisão do SIS "enquadra-se num esforço europeu que é fundamentalmente um esforço de prevenção e de cautela".
"Não há indício ou facto que tenha sido objeto de apreciação ou diagnosticado. Eu diria que o comunicado do SIS diz aquilo que é essencial: ou seja, foi elevado a um nível, há ainda outros níveis de risco, o que significa que temos todos de estar mais atentos e vigilantes", afirmou o ministro.
José Luís Carneiro acrescentou que "as forças, autoridades e serviços que têm responsabilidade no âmbito do sistema de segurança interna estão todos os dias atentos e vigilantes e em articulação com as entidades congéneres internacionais para continuar a continuar a fazer do nosso país o que ele tem sido, um dos países mais pacíficos e seguros do mundo".
Na sexta-feira, o SIS decidiu aumentar o nível de ameaça terrorista em Portugal de 'moderado' para 'significativo'. A decisão surgiu no contexto dos ataques do Hamas contra Israel, e na consequente resposta via bombardeamentos contra Gaza pelos israelitas, com vários países europeus a aumentarem o seu nível de segurança.
Países como a França, Alemanha ou o Reino Unido, por exemplo, têm procurado restringir o direito à manifestação, ao proibir protestos em solidariedade com a Palestina e o povo palestiniano.
Há dias, o ministro da Administração Interna já tinha comentado que seria possível o aumento do nível de segurança em Portugal, dizendo que a situação estava a ser avaliada pelas autoridades do Governo, das forças de segurança e do SIS.
[Notícia atualizada às 14h48]
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