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Regadio é determinante para aumentar a produção agrícola e fixar jovens

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, defendeu hoje em Alfândega da Fé que os sistemas de regadio são um fator determinante para o aumento de produção agrícola e fixação de jovens em territórios mais despovoados.

Regadio é determinante para aumentar a produção agrícola e fixar jovens
Notícias ao Minuto

20:28 - 27/10/23 por Lusa

País Agricultura

"A agricultura, para ser competitiva e atrair jovens para o setor, tem que ter a água como fator de produção. A diferença dita que, entre um hectare de sequeiro e um de regadio, o regadio produz cinco vezes mais do que o sequeiro. O regadio é capaz de ocupar territórios e atrair mais jovens para a agricultura por ser mais rentável", indicou a governante.

Maria do Céu Antunes falava em Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, onde procedeu à homologação do contrato de construção da barragem de Gebelim e do despacho de aprovação do projeto de execução da rede de rega do Aproveitamento Hidroagrícola do Planalto Vilar Chão/Parada, um investimento estimado em cerca de 25 milhões de euros.

"Este novo empreendimento vai ocupar mais território agrícola sustentável do ponto de vista económico, ambiental e social", vincou a ministra da Agricultura.

A governante ficou ainda a conhecer a barragem da Camba, situada neste concelho transmontano, que dispõe de sistema de gestão da rega inovador no Nordeste Transmontano que permite o controlo à distância individualizado, através de um telemóvel ou outro dispositivo.

Trata-se do sistema de telegestão da rede de rega da barragem da Camba que permite um controlo individualizado por parte dos beneficiários e da entidade gestora, a Junta de Agricultores da Camba.

O sistema resultou de um investimento de 300 mil euros e está inserido numa intervenção iniciada em 2018, que começou pela reabilitação de todo o regadio da Camba, desde a adutora a ramais, com um custo total de 6,5 milhões de euros e que abrange 130 regantes repartidos por 320 hectares de área agrícola, divididos pelas aldeias de Agrebom, Saldonha e Valpereiro.

Já o presidente da câmara de Alfândega da Fé, Eduardo Tavares, destacou a poupança de água para regadio que já chega aos 50% por nos sistemas de rega do concelho desde 2014.

"Tanto na barragem da Camba como da Estevainha, ambas requalificadas, antes gastava-se meio milhão de metros cúbicos de água para rega. Agora o gasto é de metade, fruto de vários investimentos neste setor", explicou o autarca socialista.

Já no que respeita à construção da barragem de Gebelim, o autarca fala num investimento que permite alargar o perímetro de rega do concelho de Alfândega da Fé em 50 hectares e que beneficiará 150 agricultores, sendo uma obra que se prevê que tenha início no final de novembro

Outra ambição local é o reforço do regadio do Vale da Vilariça, nomeadamente o alteamento da barragem da Burga e o aumento da área de rega do bloco norte, projetos que estão a ser desenvolvidos em parceria entre os municípios de Alfândega da Fé e Vila Flor.

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