PJ foi a Londres pedir desculpa aos pais de Madeleine McCann
A polícia portuguesa pediu desculpa aos pais de Madeleine McCann pela forma como lidaram com o desaparecimento da criança de três anos.
© Reuters
País Madeleine McCann
Uma delegação da Polícia Judiciária (PJ) foi a Londres, no início do ano, pedir desculpa ao casal McCann pela forma como foi investigado o desaparecimento de Madeleine.
Segundo a BBC Panorama, a PJ admitiu que a sua investigação inicial sobre o desaparecimento de Madeleine não foi conduzida de forma adequada, que não foi dada importância suficiente às crianças desaparecidas na altura e que a posição dos seus pais como estrangeiros num ambiente que não compreendiam não foi levada em conta.
No encontro, a PJ terá ainda informado os McCann sobre a investigação em andamento.
A família McCann não fez, ainda, qualquer comentário sobre o pedido de desculpas, sublinha a estação britânica.
A polícia portuguesa está neste momento a cooperar com as autoridades alemãs, que acreditam que Christian Brueckner, cidadão alemão de 46 anos, matou Madeleine McCann.
Hans Christian Wolters, um dos procuradores alemães no caso, acolheu favoravelmente o pedido de desculpas português. “É um bom sinal”, disse, também à BBC, acrescentando: “Mostra que, em Portugal, há evolução no caso McCann”.
Wolters disse que sua equipa espera concluir a investigação sobre Brueckner no próximo ano. Até à data, não foram apresentadas quaisquer acusações contra ele relacionadas com o desaparecimento de Madeleine McCann e o suspeito negou publicamente estar envolvido no seu desaparecimento.
De recordar que Brueckner viva perto do resort da Praia da Luz à data do desaparecimento, em 2003.
Foi considerado suspeito pelos procuradores portugueses em 2022 e está atualmente a cumprir uma pena de prisão de sete anos na Alemanha por tráfico de droga e pela violação, em 2005, de uma mulher de 72 anos na mesma área onde Madeleine desapareceu.
No início deste ano, decorreu uma busca, pelas autoridades alemãs, de três dias na barragem do Arade, em Silves, em busca de provas que ligassem o desaparecimento da criança britânica a Brueckner.
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