O Governo esclareceu, esta quinta-feira, que "não recomendou o cancelamento de quaisquer sessões evocativas do 25 de abril, nas quais sempre disse que irá participar."
Numa nota enviada esta quinta-feira ao Notícias ao Minuto, o Executivo sublinha que não houve cancelamento mas sim um adiamento "para o dia 1 de maio o evento festivo na Residência Oficial do Primeiro-Ministro."
"A tradicional abertura da Residência Oficial (jardins e piso térreo), com distribuição de cravos, mantém-se no dia 25 de abril", aponta.
No mesmo comunicado, o Ministério da Presidência detalhou a situação anunciada ontem, afirmando que o decreto em causa "não impõe ou fixa, ele próprio, quaisquer medidas ou restrições específicas às atividades de entidades e pessoas públicas ou privadas", limitando-se o decreto determinar o luto e a fixar as "respetivas datas."
Assim, em relação ao eventos relacionados com o 51.º aniversário do 25 de Abril, o Executivo entendeu que "os membros do Governo não participarão em outros eventos festivos que se realizem dentro do período de luto nacional, como sejam inaugurações, celebrações ou festas organizadas por entidades nacionais ou locais, por outros motivos não relacionados com o 51º aniversário do 25 de abril, de acordo com o entendimento sobre o dever de reserva decorrente do luto nacional."
"Nos edifícios públicos, a bandeira nacional será hasteada a meia-haste", clarifica a nota.
Note-se que após o anúncio de que ia decretar este luto nacional, o Governo foi criticado, com a oposição a considerar que a medida era "um erro" e que "celebrar o 25 de Abril não é desrespeitar o Papa."
[Notícia em atualização]
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