"Caso de corrupção". Imprensa (de todo o mundo) destaca demissão de Costa
António Costa demitiu-se do cargo de primeiro-ministro na sequência de um inquérito relacionado com os negócios do lítio e hidrogénio verde.
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A notícia da demissão do primeiro-ministro português, António Costa, anunciada esta terça-feira, foi destaque nas páginas 'online' de vários meios de comunicação em todo o mundo, desde a Argentina à China e principalmente na Europa, destacando o alegado caso de corrupção que envolve projetos de lítio e hidrogénio.
O jornal El País (Espanha) destaca a "operação judicial realizada em Lisboa" que levou à detenção do chefe de gabinete do primeiro-ministro. "Costa afirma que ser investigado é 'incompatível com a dignidade do cargo'", refere o jornal espanhol.
Por sua vez, o Bild (Alemanha) ressalva a demissão de Costa por "suspeitas de corrupção", referindo que o primeiro-ministro português disse "estar disposto a cooperar com o sistema de justiça".
O Le Monde (França) avança que "o primeiro-ministro, António Costa, demitiu-se, salpicado por um escândalo de corrupção", salientando que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou a decisão.
O jornal Corriere della Sera (Itália) salientou que "até agora recusou-se a 'ceder' aos escândalos que perseguem o seu governo. Agora António Costa está sob investigação", destacando a detenção do seu chefe de gabinete Vítor Escária e do empresário Diogo Lacerda Machado.
Também o The Guardian (Reino Unido) destacou a notícia do dia em Portugal. "Primeiro-ministro português, António Costa, demite-se a meio de inquérito sobre corrupção. Polícia revista residência oficial do primeiro-ministro socialista em investigação sobre alegada corrupção", pode ler-se no artigo do jornal britânico.
Do outro lado do mundo, o G1 (Brasil) também destacou a demissão de António Costa. "Presidente do país aceitou renúncia e irá reunir-se com partidos para convocar novas eleições", refere o portal brasileiro.
O jornal La Nacion (Argentina) fala no envolvimento do primeiro-ministro "num mega escândalo de corrupção", enquanto o canal de televisão Al Jazeera (Catar) e CGTN (China) são mais contidos e referem-se ao caso como uma "investigação por corrupção".
Por fim, o The New York Times (Estados Unidos) afirma que "o primeiro-ministro de Portugal demite-se inesperadamente", dando conta que "renunciou logo depois da existência de buscas no âmbito de uma investigação por corrupção".
De recordar que António Costa apresentou a demissão ao fim de quase oito anos em funções como primeiro-ministro, cargo para o qual foi empossado em 26 de novembro de 2015 pelo então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Em 30 de março de 2022, quando deu posse ao XXIII Governo Constitucional, Marcelo Rebelo de Sousa avisou António Costa que "não será politicamente fácil" a sua substituição na chefia do Governo a meio da legislatura, dando a entender que nesse caso convocaria legislativas antecipadas.
Em 24 de janeiro deste ano, quando passaram sete anos desde a sua eleição como Presidente da República, foi mais definitivo e afirmou que, "se mudar o primeiro-ministro, há dissolução do parlamento", referindo-se à "hipótese teórica de aparecer um outro primeiro-ministro da área do PS".
"Porque esta maioria formou-se com um primeiro-ministro que concorreu não só como líder do partido, mas a líder do Governo. Foi muito importante, eu disse isso no discurso de posse e, portanto, estava fora de causa, quer dizer, com outro primeiro-ministro haveria dissolução do parlamento", argumentou na altura.
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