Tentativa de retirar portugueses de Gaza começou ainda em outubro

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, revelou que havia um grupo de portugueses em Gaza em 14 de outubro, uma semana depois do ataque do Hamas a Israel, que iniciou o atual conflito na região.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
16/11/2023 06:53 ‧ 16/11/2023 por Lusa

País

Israel

Em entrevista à TVI, o ministro afirmou que havia "um pequeno número" de portugueses em Gaza e que estava em contacto com Israel e Egito para que pudessem deixar a zona.

"Temos a indicação de um pequeno número de portugueses em Gaza, portugueses e familiares não portugueses, mas familiares. Já transmitimos essa informação às autoridades egípcias e israelitas e estamos naturalmente expectantes quanto à possibilidade de saída dessas pessoas de Gaza", disse.

O ministro não precisou nem se havia algum plano de retirada ou o número exato de portugueses que estavam em Gaza, cercada pelas forças armadas israelitas e de onde estavam a fugir milhares de pessoas.

Em 10 de novembro, o DN noticiou, citando fontes oficial, que o Ministério dos Negócios Estrangeiros tinha em preparação uma operação humanitária para retirar 64 palestinianos da Faixa de Gaza.

A autorização para este plano foi tratado, segundo o DN, com a máxima reserva, e dependia, nessa altura, das autoridades israelitas que receberam a lista de nomes.

Essa lista chegou também ao Sistema de Segurança Interna (SSI), que deu luz verde, depois de acionar a Unidade de Coordenação Antiterrorista (UCAT) para as verificações de segurança, ainda de acordo com o jornal.

Em 13 de novembro, Gomes Cravinho confirmou, em Bruxelas, que Portugal estava a preparar a retirada, da Faixa de Gaza, de 16 portugueses e de "um conjunto mais alargado" de palestinianos com ligações ao país, através do Egito.

"Desde o princípio que estamos em contacto permanente com as autoridades israelitas e egípcias e o que temos é a possibilidade de os acolher temporariamente, por dois ou três dias, no Egito e de trazê-los para Portugal. Não gostaria de dramatizar com esse tipo de terminologia, uma operação de resgate, é simplesmente a retirada de portugueses do Egito, a partir do momento em que possam sair de Gaza", disse hoje, em Bruxelas, no final de uma reunião dos chefes da diplomacia da União Europeia.

Na quarta-feira, em Bissau, o ministro lamentou a morte de três cidadãos portugueses em Gaza, dos quais dois menores, juntamente com dois familiares.

As autoridades egípcias, em articulação com Israel, autorizaram a saída "nas próximas horas da Faixa de Gaza de dez cidadãos sinalizados por Portugal, dois dos quais luso-palestinianos, adiantou na quarta-feira à noite o Ministério dos Negócios Estrangeiros português.

A ofensiva de Israel em Gaza já dura há 40 dias, depois de o grupo islamita Hamas, classificado como terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América, ter lançado em 07 de outubro um ataque sem precedentes em território israelita, no qual matou e raptou militares e civis, incluindo crianças.

Segundo o governo israelita, o Hamas fez mais de 1.400 mortos em Israel e levou cerca de 220 reféns, dos quais quatro foram entretanto libertados.

As forças armadas de Israel responderam com bombardeamentos e o corte do abastamento de água, comida, eletricidade e combustível à Faixa de Gaza, onde vivem mais de dois milhões de pessoas.

As autoridades da Faixa de Gaza reportam mais de 11.000 pessoas mortas pelos bombardeamentos israelitas, entre as quais mais de 4.000 crianças.

Leia Também: Marcelo lamenta morte de civis em Gaza, incluindo três portugueses

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