Alunos 'expulsam' militantes do Chega da FCSH. PSP chamada ao local

As autoridades confirmaram que foram chamadas ao local por "um deputado" que estaria a ser agredido, mas que as agressões não se confirmaram. Foram identificadas quatro pessoas.

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© Movimento Fim ao Fóssil / Telegram

Inês Frade Freire
17/11/2023 09:41 ‧ 17/11/2023 por Inês Frade Freire

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FCSH

Vários estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH), que se manifestavam pelo fim aos combustíveis fósseis e contra a repressão do movimento estudantil junto aos locais de ensino, na quinta-feira, expulsaram militantes da juventude do partido Chega, que distribuíam panfletos de propaganda contra a causa da justiça climática.

Os estudantes pelo clima afirmam ter sido surpreendidos pelos militantes do Chega da faculdade, numa altura em que entoavam "cânticos como 'Fim ao fóssil. Fim aos fachos. 25 de abril sempre, fascismo nunca mais' e 'que vergonha deve ser, prender uma estudante num mundo a arder'", refere a Greve Climática Estudantil, em comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.

Segundo o movimento, a polícia foi chamada à faculdade pela deputada do partido de extrema-direita Rita Matias "e começou a identificar estudantes e a ameaçar detê-los".

Contactada pelo Notícias ao Minuto, a Polícia de Segurança Pública (PSP) confirmou que "foi solicitada uma viatura via 112 para um deputado que estaria a ser vítima de agressões mas, à chegada ao local, foi confirmado que apenas que estaria a ser ameaçado", acabando por abandonar o local.

"Foram ainda identificadas quatro pessoas", confirmou ainda aquela fonte policial.

A deputada do Chega, Rita Matias, já tinha avisado na rede social X (antigo Twitter), na segunda-feira, que a juventude do partido ia começar "uma volta" pelas universidades e escolas, no mesmo dia que começaram os protestos do grupo pelo clima.

O movimento Fim ao Fóssil defende que deve ser feita uma "transição justa", e que isto só pode ser alcançado através de um serviço público de energias renováveis.

A Greve Climática Estudantil começou, na segunda-feira, uma onda de ações "para reivindicar o fim ao fóssil até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, garantindo que este é o último inverno em que gás fóssil é utilizado em Portugal".

O grupo dá conta que as ações irão continuar e que está planeado um protesto esta madrugada na FCSH e outro para dia 24 no Ministério do Ambiente.

Neste último, as estudantes afirmam que vão voltar a ocupar o local, "numa ação a que chamam 'visita de estudo'".

Veja o vídeo na galeria acima.

Leia Também: Detidas três ativistas climáticas na Faculdade de Psicologia de Lisboa

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