Alberto da Costa e Silva, Prémio Camões 2014, especialista em História de África, morreu no domingo, aos 92 anos, no Rio de Janeiro, anunciou a Academia Brasileira de Letras.
Numa nota hoje publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa considera que Alberto da Costa e Silva "procurou entender os brasileiros não apenas enquanto «portugueses nos trópicos» mas também enquanto africanos".
"Com livros como «A Enxada e a Lança» deu um contributo inestimável para os estudos africanistas, ainda mais aprofundados devido aos postos diplomáticos que ocupou, nomeadamente na Nigéria, embora tenha estado também em embaixadas americanas e europeias, como a de Lisboa", acrescenta.
O chefe de Estado refere que, "pela sua obra ensaística e poética", Alberto da Costa e Silva venceu o prémio da Fundação Biblioteca Nacional, o Jabuti e o Prémio Camões", e "foi membro da Academia Brasileira de Letras, que presidiu, e sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa".
Nesta mensagem de pesar, Marcelo Rebelo de Sousa recorda o historiador, poeta e diplomata como "amigo de Portugal e dos portugueses", salientando que "por oito vezes recebeu ordens nacionais, entre 1961 e 2008".
"Presto homenagem à sua sabedoria afável e diligente", afirma o Presidente da República.
Nascido em São Paulo em 12 de maio de 1931, Alberto da Costa e Silva deixa um legado de mais de 40 livros, entre poesia, ensaio, história, literatura infantojuvenil, memória, antologia, versão e adaptação.
Diplomata, foi embaixador do Brasil na capital portuguesa de 1989 a 1992, seguindo para Bogotá, na Colômbia, depois de ter ocupado cargos de representação noutras capitais, como Caracas, Roma e Washington.
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