A iniciativa, que juntou cerca de 30 pessoas junto à porta da sede do Agrupamento de Escolas Cego do Maio, pretendeu denunciar um caso específico ocorrido neste estabelecimento de ensino, mas sobretudo servir de apelo para que todos os trabalhadores do país denunciem situações de assédio laboral.
"Apelamos a todos os trabalhadores que tenham a coragem de denunciar situações de abuso de liderança, violência no trabalho ou assédio moral. O sindicato estará sempre pronto para agir e apoiar, tal como aconteceu neste agrupamento de escolas", disse o secretário-geral do SISTERP, Paulo Martinho.
O responsável recordou que, em maio deste ano, recebeu denúncias sobre "atitudes reprováveis" de um encarregado operacional do Agrupamento de Escolas Cego do Maio para com os restantes trabalhadores, e que o sindicato agiu no imediato.
"Foi-nos relatado que esse responsável assediava verbalmente os trabalhadores e intimidava as pessoas para não participarem em reuniões. Fizemos uma participação de denúncia à Câmara Municipal, que tutela estes trabalhadores não docentes, e esse encarregado recebeu uma sanção", começou por explicar Paulo Marinho.
O sindicalista apontou, no entanto, que graças à amnistia pela vinda do Papa a Portugal as sanções disciplinares ao encarregado operacional foram revogadas, e apesar deste ainda não ter regressado ao ativo, por estar de baixa médica, o sindicato quer o seu afastamento da escola.
"Respeitamos a lei e o direto à defesa, mas mão aceitamos que esse trabalhador exerça de novo as funções de chefia. Vamos continuar atentos ao desenrolar da situação. É preciso continuar a denunciar todo o tipo de assédio que paira no nosso país", concluiu Paulo Marinho, secretário-geral do SISTERP.
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