O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, congratulou-se, esta quarta-feira, com o acordo alcançado na 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28), mas reforçou a "necessidade de prosseguir no cumprimento dos progressos alcançados e da sua tradução em ações concretas e urgentes".
Numa nota, publicada no site da Presidência da República, o chefe de Estado enalteceu as medidas acordadas na redação final do "acordo histórico", que estabelece a "transição dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos, de forma justa, ordenada e equitativa, acelerando a ação até 2030, e recolocando a Ação Climática no rumo para a neutralidade carbónica em 2050, por forma a conter o aumento da temperatura global em 1,5°C, em linha com o Acordo de Paris".
Marcelo Rebelo de Sousa realçou também "a importância da aprovação, pelas partes, dos objetivos, propostos pela União Europeia, de triplicar as energias renováveis e duplicar a eficiência energética até 2030 e a importância histórica da decisão, aprovada na sessão de abertura da cimeira, sobre as regras de funcionamento do Fundo de 'perdas e danos' resultantes das alterações climáticas, fundamental para ajudar os países mais vulneráveis, que prevê um financiamento de 100 mil milhões de dólares por ano, com início oficial previsto para 2024".
"O Presidente da República reforça, ainda, a necessidade de prosseguir no cumprimento dos progressos alcançados e da sua tradução em ações concretas e urgentes, o reforço na cooperação internacional, esforços locais, regionais e nacionais para alcançar uma transição justa e equitativa", lê-se na nota.
Sublinhe-se que as delegações dos países reunidos na Cimeira do Clima do Dubai (COP28) chegaram, esta quarta-feira, a um consenso sobre uma decisão que apela a uma "transição" para abandonar os combustíveis fósseis.
Na abertura da sessão plenária de encerramento, os delegados adotaram a decisão preparada pelos Emirados Árabes Unidos, que foi aplaudida. Trata-se de uma "decisão histórica para acelerar a ação climática", afirmou Sultan Al Jaber, presidente da conferência da Nações Unidas.
Leia Também: Acordo da COP? "É o mínimo dos mínimos. Só depois do tempo foi possível"